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Este artigo é bem interessante e divertido, apesar de longo. Gostaria que prestassem atenção nos "Dez Mandamentos de Robert McKee" (partes em amarelo e suas observações embaixo), pois são dicas super importantes para aqueles que estão escrevendo um livro ou pretendem e querem dicas para melhorar a história.
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Por que o cinema se transformou, em um século, na maior fonte de lições práticas para a vida.
O MESTRE
O roteirista Robert McKee ministrou o curso Story pela primeira vez no Brasil. Seus princípios mostram por que o cinema cativa e ensina
Desde que os seres humanos dominaram a fala, eles contam histórias. É a maneira mais eficiente de ensinar, inspirar, mover alguém. E, no último século, o modo mais espetacular de contar histórias tem sido o cinema. Pense nos efeitos. Pense nas estrelas. Pense na entrega do público, que aceita ficar duas horas numa sala escura, com sua atenção exclusivamente voltada para as mensagens que alguém criou. Pense nos sentimentos que o cinema já provocou em você.
Nem todas as histórias são inspiradoras. Algumas nem sequer fazem sentido. Mas entre os milhares de histórias produzidas por ano – só nos Estados Unidos há cerca de 25 mil roteiristas cadastrados nas duas associações de escritores do país –, umas tantas conseguem dar um recado original, intenso, emocional, impactante. São histórias que nos marcam.
“A diferença entre um bom roteiro e um mau roteiro é a transformação”, disse o americano Robert McKee, de 69 anos, uma referência para roteiristas de todo o mundo. “Numa história ruim, o protagonista se mantém estático, mesmo se a trama for agitada.” Não há evolução, não há mudança. Não há aprendizado.
McKee esteve no Brasil pela primeira vez há duas semanas e ministrou seu curso Story (Enredo) para 590 pessoas, a maioria atores, diretores, dramaturgos e roteiristas brasileiros (além de dois jornalistas de ÉPOCA). O curso, criado em 1986, é famoso por ter contribuído para que ex-alunos de McKee ganhassem 33 Oscars e 168 Emmys.
“Prometo ensinar a vocês algo que parecia óbvio três décadas atrás, mas que agora virou quase um mistério: os princípios que regem um enredo, tanto para o cinema como qualquer outra forma de arte”, disse McKee. É essa técnica que faz do cinema um poderoso instrumento de transmissão de conhecimentos. A tal ponto que o crítico canadense David Gilmour, ante o problema de um filho de 15 anos que não queria estudar, propôs tirá-lo da escola e educá-lo apenas pela exibição de filmes e discussões posteriores. A história foi relatada no livro O clube do filme (editora Intrínseca), um best-seller no Brasil, com quase 60 mil exemplares vendidos. Após três anos dessa experiência, o próprio filho de Gilmour, Jesse, quis voltar para a escola. Hoje, aos 24 anos, ele estuda artes cênicas e está produzindo seu primeiro filme.
A experiência dos Gilmours não é evidência de que o cinema seja um candidato eficiente para substituir a escola. Mas mostra que os filmes podem suscitar debates, dar informações. Isso ocorre porque, como disse McKee, cada filme gira em torno de uma ideia principal: “Dessa ideia central tudo o mais se origina”. Seu exemplo preferido é Casablanca, um filme fundamental no que diz respeito a roteiro, direção, trilha sonora, escolha dos atores, cenário e figurino. “Em Casablanca, dezenas de personagens, temas e subtemas ocultam uma única verdade essencial: o filme é sobre como um homem, Rick (Humphrey Bogart), é capaz de renunciar a tudo em nome do amor – inclusive à mulher amada.”
Para passar essa ideia com credibilidade e confiança, o roteirista (ou escritor, ou cineasta, ou dramaturgo) precisa entendê-la melhor que seu público. “Você precisa de uma pesquisa benfeita e muita imaginação para desenvolver sua história.” Segundo McKee, a força de um roteirista está em seus conhecimentos de história, política, sociologia, seus relacionamentos e de outras pessoas, sua experiência de vida. De seus temas essenciais aos mais periféricos, o cinema precisa ensinar alguma coisa. Se não o fizer, não cria empatia com o público – e o perde.
CLÁSSICO
Casablanca, de 1942, com Ingrid Bergman e Humphrey Bogart, é exemplo de roteiro, trilha, elenco, direção e cenário
A regra é: você quer escrever sobre um personagem que foi morto no campo de concentração de Auschwitz? É sua obrigação conhecer tudo sobre a Segunda Guerra Mundial. Ou o suficiente para apresentar com segurança um roteiro que entregue ao espectador o que ele quer – mas não da forma como ele espera.
Nesse aspecto está a complexidade das personagens, uma das principais regras de McKee (leia seu decálogo no quadro) . Elas devem ser complexas porque as pessoas reais são complexas. E devem sofrer uma transformação porque, sem transformação, qual o sentido de contar uma história? Em Amor sem escalas, aparentemente não há grandes transformações. O personagem principal, o executivo Bingham (George Clooney), é o que é do princípio ao fim. Mas ele caminha inexoravelmente para uma descoberta sobre si mesmo: aquilo a que ele dava tanta importância e a imagem que fazia de si ruíram quando ele teve uma desilusão amorosa.
Um bom exemplo da estrutura clássica de contar histórias é o filme Gran Torino. O solitário protagonista, Walt Kowalski (Clint Eastwood), é um ex-combatente da Guerra da Coreia. Ele tem ódio de seus vizinhos coreanos. Ao longo do filme, Kowalski desenvolve uma relação afetuosa com essa família e passa por uma metamorfose.
O cinema ensina por que suas histórias, por definição, tratam de crises, um problema a ser resolvido, seguido do clímax, o instante de máxima tensão que prenuncia o desfecho. McKee afirma que a crise deve estar saturada de significados – e não somente de explosões ou barulhos. O clímax deve afetar o destino de todos os personagens.
Outra grande força do cinema é sua capacidade de mostrar situações. “Mostre, jamais conte. Da forma mais natural possível”, diz McKee. “Um roteirista deve sempre escrever uma verdade.” Pode ser uma verdade fantástica, mas deve ter sempre coerência interna. Porque só assim os espectadores vão acreditar – e se identificar.
“Apaixonar-se por uma história ou um personagem é tão importante quanto construí-los”, diz McKee. Você pode ter uma ideia genial para começar a escrever um roteiro. Mas não necessariamente precisa dela para criar a melhor história. “Na prática, a gente descobre a história enquanto ainda a está escrevendo”, afirma McKee. “Você pode escolher iniciar seu texto com um personagem, uma situação qualquer da vida, uma menção à infância, um casamento, uma cena da política. A partir daí, começa a desenvolver as cenas, explorando seus elementos.”
Dito assim, parece fácil. Longe disso. A cada 1.000 filmes, segundo McKee, há apenas dez bons. Mas, quando são bons, tornam-se uma experiência de vida. Como os filmes que separamos nas páginas a seguir, e suas lições.
Os dez mandamentos de Robert McKee:
1. Respeitarás tua audiência
Jamais subestime a inteligência de seus espectadores. Supere suas expectativas e apresente algo a mais
2. Pesquisarás
Estude o tema a ser abordado para tornar o filme atraente para leigos e especialistas
3. Dramatizarás tua apresentação
Torne atraente, dinâmica e bem amarrada a história que pretende contar
4. Criarás camadas de significados sob teu texto
A superficialidade não é perdoada nem nos comerciais de margarina
5. Criarás personagens complexos, não histórias complicadas
Ninguém entende histórias difíceis, ninguém se identifica com personagens simplórios
6. Não usarás falso mistério nem surpresas baratas
Truques como acordar de um sonho para resolver o problema do filme estão fora de cogitação
7. Não usarás deus ex machina para teus encerramentos
Se a solução vem de alguém que não estava na história, o espectador se sente ludibriado
8. Não facilitarás a vida de teu protagonista
Se não houver transformação, não há por que contar a história
9. Levarás tua história às profundezas e extensões da experiência humana
Apresente ao público o que ele espera – e ainda assim o surpreenda
10. Não dormirás com ninguém que tenha mais problemas que ti
Licença poética. McKee quer dizer: você é que tem de ter as tramas
Aprenda com eles
Uma pequena seleção de filmes para rir, chorar, instigar e inspirar
Como conquistar uma desconhecida
Filme: Coisas para fazer em Denver quando você está morto
Cena: Ao ver Dagney (Gabrielle Anwar) sozinha, Jimmy (Andy Garcia) a aborda: “Você está apaixonada?”. Ela responde: “O quê?”. E ele: “Neste momento, você está apaixonada?”. Ela: “Por quê?”. Ele: “Porque, se você estiver, não quero tomar seu tempo. Não sou o tipo de homem que interfere na felicidade de outro homem. Mas, se você não estiver apaixonada, vou continuar com a minha rapsódia porque, se você me permite dizer isto, Dagney, você é o máximo”.
Lição: Jimmy estabelece claramente que se sentiu atraído – mas enfatiza que seu principal interesse é fazer Dagney feliz. Declara isso de forma inteligente e bem-humorada, dando-lhe o controle da situação. Assim, ela não se sente ameaçada e pode sorrir (o primeiro passo para a conquista). É claro que ter o charme de Andy Garcia ajuda...
A amizade supera as diferenças
Filme: A era do gelo 3
Cena: O grupo de amigos de espécies diferentes entra em crise. O tigre-dentes-de-sabre Diego acredita que enfraqueceu por viver longe de seu bando. Os mamutes Manny e Ellie esperam um filhote e só pensam na família. O bicho-preguiça Sid, sentindo-se rejeitado, adota três filhotes de dinossauro e entra em apuros. Nessa hora, a amizade fala mais alto e todos se reúnem para salvá-lo.
Lição: É natural que a vida nos encaminhe para rumos diferentes dos de nossos melhores amigos. Mas, quando surgem dificuldades, é com eles que temos de contar.
Como reger uma orquestra
Filme: O segredo de Beethoven
Cena: Beethoven (Ed Harris) está surdo e precisa reger uma de suas sinfonias. Ele pede ajuda a uma aluna. No pódio da orquestra, ele copia os gestos da moça, sentada na plateia.
Lição: A expressão da música é dada pelos movimentos da mão esquerda. A mão direita indica a entrada de cada instrumento – e controla o compasso e o andamento da música. Ao sair do cinema, você poderia ir direto ao Municipal. A atriz Diane Kruger aprendeu os rudimentos da regência nesse filme.
Como não esmorecer diante de problemas desesperadores
Filme: Procurando Nemo
Cena: Merlin, pai de Nemo, está inconsolável. Seu filho foi levado por mergulhadores para o outro lado do oceano. Ele consegue encontrá-lo, com a ajuda de uma amiga, Dory.
Lição: Talvez a melhor lição de um filme cheio de lições seja a canção da amnésica Dory: “O chefe acabou com o seu dia? Levou o maior fora da sua vida? Sua sogra vai passar o fim de semana na sua casa? Cante com Dory: “Quando a vida decepciona, qual é a solução? Continue a nadar, continue a nadar, a nadar...”
Como cozinhar a autoestima
Filme: Julie & Julia
Cena: Julie (Amy Adams) é uma funcionária pública frustrada. Lê o livro sobre cozinha de Julia Childs (Meryl Streep) e se impõe o desafio de repetir todas as suas receitas. O “diploma” seria o pato recheado.
Lição: Impor-se uma tarefa difícil, mas possível – e, de preferência, prazerosa –, pode elevar a autoestima e até trazer benefícios inesperados. No caso de Julie, seu blog virou um sucesso e sua vida melhorou.
Como vencer as máquinas
Filme: O exterminador do futuro
Cena: Uma máquina é enviada do futuro para matar a mãe do líder dos humanos na guerra entre robôs e gente. Sarah Connor (Linda Hamilton) consegue esmagá-la em uma prensa.
Lição: Não tente fazer isso em casa. Chame um eletricista.
Nunca é tarde para se arrepender
Filme: Guerra nas estrelas
Cena: Ao final de três filmes inteiros posando de vilão, Darth Vader se sacrifica para salvar o filho.
Lição: A vida familiar dos Skywalkers nunca foi muito saudável. Além de abandonar a mulher grávida, Darth Vader tornou-se o pior inimigo do filho Luke, a ponto de cortar sua mão direita em uma luta. Seu passado nada exemplar não o impede de entregar sua vida para dar cabo do imperador Palpatine, salvando Luke – e de quebra a galáxia. Na conversa final entre pai e filho, sem máscara, o vilão finalmente encontra a paz. Nunca é tarde para fazer a coisa certa.
Nunca aceite comida de estranhos
Filme: Branca de Neve e os Sete Anões
Cena: A bruxa disfarçada de velhinha oferece uma maçã envenenada a Branca de Neve, enquanto os sete anões estavam no trabalho.
Lição: O conselho que todo mundo já recebeu um dia da mãe ou do pai vale para vários aspectos da vida, não só a comida. A fábula ilustra os riscos da sedução. Nem sempre o que parece apetitoso é saudável – e isso vale para romances, trabalho, lazer, amizades...
Como transformar adolescentes rebeldes em jovens responsáveis
Filme: Ao mestre com carinho
Cena: Um jovem engenheiro desempregado aceita o trabalho de professor num subúrbio de Londres, onde encontra alunos indisciplinados.
Lição: Confrontado com a rebeldia, Mark Thackeray (Sidney Poitier) desiste de ensinar-lhes a matéria e passa a dar aulas de comportamento e postura, demonstrando que não há progresso sem atitudes positivas. Usa leituras e incute neles orgulho de suas origens e opiniões, insistindo para que busquem seu caminho próprio. Inspira-os, em vez de tentar domá-los.
Quem vê cara não vê coração
Filme: Shrek
Cena: O ogro verde vê sua paz ameaçada quando o governante de Duloc, Lord Farquaad, expulsa todas as criaturas mágicas para o pântano onde mora. Shrek então se vê forçado a buscar a mulher dos sonhos de Farquaad, a princesa Fiona, que vivia adormecida num castelo protegido por um dragão.
Lição: Shrek é feio, mas tem o coração puro. E a princesa, que também era meio ogro, escolhe ficar com ele.
Como encantar a família
Filme: Mary Poppins
Cena: A babá mágica transforma a casa dos Banks. Quando, no final, o pai fica mais “humano” e se aproxima dos filhos, ela abre seu guarda-chuva e vai embora voando.
Lição: É a lição complementar da Babá Quase Perfeita. Se as crianças precisam de limite, precisam também de fantasia, diversão – e pais que lhes deem atenção e carinho.
Como conquistar seus filhos
Filme: Uma babá quase perfeita
Cena: Daniel (Robin Williams) se divorcia e perde o contato diário com os filhos. Decide, então, se passar por babá para ficar mais perto deles.
Lição: Como pai, Daniel era meio irresponsável. Ao assumir o disfarce de babá, teve de agir como alguém que impõe limites aos filhos. Acabou ganhando o respeito deles.
Como driblar a solidão
Filme: O náufrago
Cena: O funcionário da FedEx Chuck Noland (Tom Hanks), náufrago em uma ilha, desenvolve uma relação de amizade com uma bola de vôlei furada, que ele trata como senhor Wilson.
Lição: O que fazer se o seu avião caiu e você não tem com quem falar? Noland inventa um amigo: a bola. Com ela, passa por todos os estágios de uma verdadeira amizade. Faz comentários, discute, briga, se reconcilia. A capacidade de criar empatia – no limite, até com um objeto – é a receita para estabelecer uma relação verdadeira.
Como montar uma equipe
Filme: Os intocáveis
Cena: Para capturar o mafioso Al Capone, o policial Eliot Ness (Kevin Costner) queria requisitar ajuda de algum policial numa delegacia. O policial Jim Malone (Sean Connery) o convence a recrutar seu agente (Andy Garcia) direto na academia – porque os policiais em atividade já estavam contaminados pela corrupção reinante na época.
Lição: Se você quer mudar uma situação, não adianta buscar as pessoas formadas naquela realidade. Precisa do novo.
Como entender sua mulher – ou seu marido
Filme: Se eu fosse você (1 e 2)
Cena: O casal Cláudio (Tony Ramos) e Helena (Glória Pires) tem uma grande discussão. No dia seguinte, eles acordam com os corpos trocados.
Lição: Não existe essa mágica. Mas colocar-se no lugar do outro ajuda a entender como ele (ela) pensa, sente, age. E cria uma relação de mais respeito.
Como vencer um adversário imbatível
Filme: Quando éramos reis
Cena: O filme mostra a preparação de Muhammad Ali para enfrentar o então campeão do mundo de boxe, o superforte George Foreman, no Zaire, em 1974.
Lição: Foreman tinha o soco mais poderoso do boxe. Ali criou uma guerra psicológica. Dizia-se invencível, rápido como a luz. Conseguiu mobilizar o país a seu favor, treinando nas ruas. E, no ringue, provocava Foreman, perguntando se aqueles “soquinhos” eram tudo o que ele tinha para dar. Foreman cansou de bater. E caiu, ante os golpes de Ali – que também não era fraco, não.
Como unir o grupo em dois minutos
Filme: Gladiador
Cena: Os gladiadores estão cercados por animais selvagens e guardas romanos. A morte é certa. Aí um dos gladiadores, o general romano caído em desgraça Maximus, lhes ensina os fundamentos da formação do exército para a batalha. E eles ganham.
Lição: A força de um grupo é maior que a soma das partes. Ao formar um círculo fechado, protegido pelos escudos de todos, os alvos se tornam uma carapaça intransponível. É desse grupo coeso que, de vez em quando, sai um golpe individual – para em seguida voltar à proteção do grupo. Fora do campo de batalha, vale a transposição do ensinamento: para aproveitar a força do grupo, é preciso ter disciplina de grupo.
Uma noção básica de moda
Filme: O diabo veste Prada
Cena: A estagiária Andy (Anne Hathaway) diz que dois cintos são iguais. Toma uma lição de moral da chefe...
Lição: Você pode até não ligar para os grandes estilistas e suas criações exageradas, mas não se engane: o Diabo está nos detalhes. Você tem de aprender a reconhecê-los. Os acessórios, a harmonização do conjunto, o sapato...
Otimismo demais é idiotice
Filme: A vida de Brian
Cena: Brian, o menino nascido no mesmo dia que Jesus, é crucificado junto a seus comparsas em uma paródia hilariante do Novo Testamento, do grupo Monty Python.
Lição: Se você está sendo crucificado e, a seu lado, alguém canta “Sempre olhe o lado bom da vida”, esse alguém é um idiota.
Como construir uma reputação
Filme: O poderoso chefão
Cena: O primeiro filme da série, inteiro, mostra como Don Corleone (Marlon Brando) comanda uma família mafiosa.
Lição: Para tornar-se um chefão, Don Corleone segue alguns princípios: lealdade a quem lhe é leal (como no episódio em que faz um grande esforço para ajudar um cantor decadente a conseguir um papel no cinema); tratar de forma diferente pessoas diferentes; ouvir mais do que falar; manter sua palavra, sempre; considerar todos os impactos de suas ações, nas diversas áreas; e lembrar que as razões de negócio se sobrepõem às paixões (e à vingança), mesmo nos assuntos mais cruciais, de vida e morte.
A vida é melhor do que parece
Filme: Tudo pode dar certo
Cena: Boris (Larry David) é um gênio pessimista e ranzinza. Ao tentar o suicídio pela segunda vez, cai em cima de uma mulher – por quem se apaixona.
Lição: Como em vários filmes recentes de Woody Allen, o recado é: racionalmente, a vida não tem sentido. Mas a realidade insiste em nos presentear com momentos de graça, amor, ternura, amizade, alegria. Aproveite!