segunda-feira, maio 31, 2010

Ensina-me a viver

Artigo retirado do site da Revista Época!
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Este artigo é bem interessante e divertido, apesar de longo. Gostaria que prestassem atenção nos "Dez Mandamentos de Robert McKee"  (partes em amarelo e suas observações embaixo), pois são dicas super importantes para aqueles que estão escrevendo um livro ou pretendem e querem dicas para melhorar a história.
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Por que o cinema se transformou, em um século, na maior fonte de lições práticas para a vida.


O MESTRE
 O roteirista Robert McKee ministrou o curso Story pela primeira vez no Brasil. Seus princípios mostram por que o cinema cativa e ensina

 Desde que os seres humanos dominaram a fala, eles contam histórias. É a maneira mais eficiente de ensinar, inspirar, mover alguém. E, no último século, o modo mais espetacular de contar histórias tem sido o cinema. Pense nos efeitos. Pense nas estrelas. Pense na entrega do público, que aceita ficar duas horas numa sala escura, com sua atenção exclusivamente voltada para as mensagens que alguém criou. Pense nos sentimentos que o cinema já provocou em você.

 Nem todas as histórias são inspiradoras. Algumas nem sequer fazem sentido. Mas entre os milhares de histórias produzidas por ano – só nos Estados Unidos há cerca de 25 mil roteiristas cadastrados nas duas associações de escritores do país –, umas tantas conseguem dar um recado original, intenso, emocional, impactante. São histórias que nos marcam.

 “A diferença entre um bom roteiro e um mau roteiro é a transformação”, disse o americano Robert McKee, de 69 anos, uma referência para roteiristas de todo o mundo. “Numa história ruim, o protagonista se mantém estático, mesmo se a trama for agitada.” Não há evolução, não há mudança. Não há aprendizado.

 McKee esteve no Brasil pela primeira vez há duas semanas e ministrou seu curso Story (Enredo) para 590 pessoas, a maioria atores, diretores, dramaturgos e roteiristas brasileiros (além de dois jornalistas de ÉPOCA). O curso, criado em 1986, é famoso por ter contribuído para que ex-alunos de McKee ganhassem 33 Oscars e 168 Emmys.

 “Prometo ensinar a vocês algo que parecia óbvio três décadas atrás, mas que agora virou quase um mistério: os princípios que regem um enredo, tanto para o cinema como qualquer outra forma de arte”, disse McKee. É essa técnica que faz do cinema um poderoso instrumento de transmissão de conhecimentos. A tal ponto que o crítico canadense David Gilmour, ante o problema de um filho de 15 anos que não queria estudar, propôs tirá-lo da escola e educá-lo apenas pela exibição de filmes e discussões posteriores. A história foi relatada no livro O clube do filme (editora Intrínseca), um best-seller no Brasil, com quase 60 mil exemplares vendidos. Após três anos dessa experiência, o próprio filho de Gilmour, Jesse, quis voltar para a escola. Hoje, aos 24 anos, ele estuda artes cênicas e está produzindo seu primeiro filme.

 A experiência dos Gilmours não é evidência de que o cinema seja um candidato eficiente para substituir a escola. Mas mostra que os filmes podem suscitar debates, dar informações. Isso ocorre porque, como disse McKee, cada filme gira em torno de uma ideia principal: “Dessa ideia central tudo o mais se origina”. Seu exemplo preferido é Casablanca, um filme fundamental no que diz respeito a roteiro, direção, trilha sonora, escolha dos atores, cenário e figurino. “Em Casablanca, dezenas de personagens, temas e subtemas ocultam uma única verdade essencial: o filme é sobre como um homem, Rick (Humphrey Bogart), é capaz de renunciar a tudo em nome do amor – inclusive à mulher amada.”

 Para passar essa ideia com credibilidade e confiança, o roteirista (ou escritor, ou cineasta, ou dramaturgo) precisa entendê-la melhor que seu público. “Você precisa de uma pesquisa benfeita e muita imaginação para desenvolver sua história.” Segundo McKee, a força de um roteirista está em seus conhecimentos de história, política, sociologia, seus relacionamentos e de outras pessoas, sua experiência de vida. De seus temas essenciais aos mais periféricos, o cinema precisa ensinar alguma coisa. Se não o fizer, não cria empatia com o público – e o perde.



 CLÁSSICO
 Casablanca, de 1942, com Ingrid Bergman e Humphrey Bogart, é exemplo de roteiro, trilha, elenco, direção e cenário

 A regra é: você quer escrever sobre um personagem que foi morto no campo de concentração de Auschwitz? É sua obrigação conhecer tudo sobre a Segunda Guerra Mundial. Ou o suficiente para apresentar com segurança um roteiro que entregue ao espectador o que ele quer – mas não da forma como ele espera.

 Nesse aspecto está a complexidade das personagens, uma das principais regras de McKee (leia seu decálogo no quadro) . Elas devem ser complexas porque as pessoas reais são complexas. E devem sofrer uma transformação porque, sem transformação, qual o sentido de contar uma história? Em Amor sem escalas, aparentemente não há grandes transformações. O personagem principal, o executivo Bingham (George Clooney), é o que é do princípio ao fim. Mas ele caminha inexoravelmente para uma descoberta sobre si mesmo: aquilo a que ele dava tanta importância e a imagem que fazia de si ruíram quando ele teve uma desilusão amorosa.

 Um bom exemplo da estrutura clássica de contar histórias é o filme Gran Torino. O solitário protagonista, Walt Kowalski (Clint Eastwood), é um ex-combatente da Guerra da Coreia. Ele tem ódio de seus vizinhos coreanos. Ao longo do filme, Kowalski desenvolve uma relação afetuosa com essa família e passa por uma metamorfose.

 O cinema ensina por que suas histórias, por definição, tratam de crises, um problema a ser resolvido, seguido do clímax, o instante de máxima tensão que prenuncia o desfecho. McKee afirma que a crise deve estar saturada de significados – e não somente de explosões ou barulhos. O clímax deve afetar o destino de todos os personagens.

 Outra grande força do cinema é sua capacidade de mostrar situações. “Mostre, jamais conte. Da forma mais natural possível”, diz McKee. “Um roteirista deve sempre escrever uma verdade.” Pode ser uma verdade fantástica, mas deve ter sempre coerência interna. Porque só assim os espectadores vão acreditar – e se identificar.

 “Apaixonar-se por uma história ou um personagem é tão importante quanto construí-los”, diz McKee. Você pode ter uma ideia genial para começar a escrever um roteiro. Mas não necessariamente precisa dela para criar a melhor história. “Na prática, a gente descobre a história enquanto ainda a está escrevendo”, afirma McKee. “Você pode escolher iniciar seu texto com um personagem, uma situação qualquer da vida, uma menção à infância, um casamento, uma cena da política. A partir daí, começa a desenvolver as cenas, explorando seus elementos.”

 Dito assim, parece fácil. Longe disso. A cada 1.000 filmes, segundo McKee, há apenas dez bons. Mas, quando são bons, tornam-se uma experiência de vida. Como os filmes que separamos nas páginas a seguir, e suas lições.

Os dez mandamentos de Robert McKee:

1. Respeitarás tua audiência
Jamais subestime a inteligência de seus espectadores. Supere suas expectativas e apresente algo a mais

2. Pesquisarás
Estude o tema a ser abordado para tornar o filme atraente para leigos e especialistas

3. Dramatizarás tua apresentação
Torne atraente, dinâmica e bem amarrada a história que pretende contar

4. Criarás camadas de significados sob teu texto
A superficialidade não é perdoada nem nos comerciais de margarina

5. Criarás personagens complexos, não histórias complicadas
Ninguém entende histórias difíceis, ninguém se identifica com personagens simplórios

6. Não usarás falso mistério nem surpresas baratas
Truques como acordar de um sonho para resolver o problema do filme estão fora de cogitação

7. Não usarás deus ex machina para teus encerramentos
Se a solução vem de alguém que não estava na história, o espectador se sente ludibriado

8. Não facilitarás a vida de teu protagonista
Se não houver transformação, não há por que contar a história

9. Levarás tua história às profundezas e extensões da experiência humana
Apresente ao público o que ele espera – e ainda assim o surpreenda

10. Não dormirás com ninguém que tenha mais problemas que ti
Licença poética. McKee quer dizer: você é que tem de ter as tramas


Aprenda com eles
Uma pequena seleção de filmes para rir, chorar, instigar e inspirar


Como conquistar uma desconhecida

Filme: Coisas para fazer em Denver quando você está morto

Cena: Ao ver Dagney (Gabrielle Anwar) sozinha, Jimmy (Andy Garcia) a aborda: “Você está apaixonada?”. Ela responde: “O quê?”. E ele: “Neste momento, você está apaixonada?”. Ela: “Por quê?”. Ele: “Porque, se você estiver, não quero tomar seu tempo. Não sou o tipo de homem que interfere na felicidade de outro homem. Mas, se você não estiver apaixonada, vou continuar com a minha rapsódia porque, se você me permite dizer isto, Dagney, você é o máximo”.

Lição: Jimmy estabelece claramente que se sentiu atraído – mas enfatiza que seu principal interesse é fazer Dagney feliz. Declara isso de forma inteligente e bem-humorada, dando-lhe o controle da situação. Assim, ela não se sente ameaçada e pode sorrir (o primeiro passo para a conquista). É claro que ter o charme de Andy Garcia ajuda...


A amizade supera as diferenças

Filme: A era do gelo 3
Cena: O grupo de amigos de espécies diferentes entra em crise. O tigre-dentes-de-sabre Diego acredita que enfraqueceu por viver longe de seu bando. Os mamutes Manny e Ellie esperam um filhote e só pensam na família. O bicho-preguiça Sid, sentindo-se rejeitado, adota três filhotes de dinossauro e entra em apuros. Nessa hora, a amizade fala mais alto e todos se reúnem para salvá-lo.

Lição: É natural que a vida nos encaminhe para rumos diferentes dos de nossos melhores amigos. Mas, quando surgem dificuldades, é com eles que temos de contar.


Como reger uma orquestra

Filme: O segredo de Beethoven

Cena: Beethoven (Ed Harris) está surdo e precisa reger uma de suas sinfonias. Ele pede ajuda a uma aluna. No pódio da orquestra, ele copia os gestos da moça, sentada na plateia.

Lição:  A expressão da música é dada pelos movimentos da mão esquerda. A mão direita indica a entrada de cada instrumento – e controla o compasso e o andamento da música. Ao sair do cinema, você poderia ir direto ao Municipal. A atriz Diane Kruger aprendeu os rudimentos da regência nesse filme.


Como não esmorecer diante de problemas desesperadores

Filme: Procurando Nemo

Cena: Merlin, pai de Nemo, está inconsolável. Seu filho foi levado por mergulhadores para o outro lado do oceano. Ele consegue encontrá-lo, com a ajuda de uma amiga, Dory.

Lição: Talvez a melhor lição de um filme cheio de lições seja a canção da amnésica Dory: “O chefe acabou com o seu dia? Levou o maior fora da sua vida? Sua sogra vai passar o fim de semana na sua casa? Cante com Dory: “Quando a vida decepciona, qual é a solução? Continue a nadar, continue a nadar, a nadar...”

Como cozinhar a autoestima

Filme: Julie & Julia

Cena: Julie (Amy Adams) é uma funcionária pública frustrada. Lê o livro sobre cozinha de Julia Childs (Meryl Streep) e se impõe o desafio de repetir todas as suas receitas. O “diploma” seria o pato recheado.

Lição: Impor-se uma tarefa difícil, mas possível – e, de preferência, prazerosa –, pode elevar a autoestima e até trazer benefícios inesperados. No caso de Julie, seu blog virou um sucesso e sua vida melhorou.


Como vencer as máquinas

Filme: O exterminador do futuro

Cena: Uma máquina é enviada do futuro para matar a mãe do líder dos humanos na guerra entre robôs e gente. Sarah Connor (Linda Hamilton) consegue esmagá-la em uma prensa.

Lição: Não tente fazer isso em casa. Chame um eletricista.


Nunca é tarde para se arrepender

Filme: Guerra nas estrelas

Cena: Ao final de três filmes inteiros posando de vilão, Darth Vader se sacrifica para salvar o filho.

Lição: A vida familiar dos Skywalkers nunca foi muito saudável. Além de abandonar a mulher grávida, Darth Vader tornou-se o pior inimigo do filho Luke, a ponto de cortar sua mão direita em uma luta. Seu passado nada exemplar não o impede de entregar sua vida para dar cabo do imperador Palpatine, salvando Luke – e de quebra a galáxia. Na conversa final entre pai e filho, sem máscara, o vilão finalmente encontra a paz. Nunca é tarde para fazer a coisa certa.

Nunca aceite comida de estranhos

Filme: Branca de Neve e os Sete Anões

Cena: A bruxa disfarçada de velhinha oferece uma maçã envenenada a Branca de Neve, enquanto os sete anões estavam no trabalho.

Lição: O conselho que todo mundo já recebeu um dia da mãe ou do pai vale para vários aspectos da vida, não só a comida. A fábula ilustra os riscos da sedução. Nem sempre o que parece apetitoso é saudável – e isso vale para romances, trabalho, lazer, amizades...

Como transformar adolescentes rebeldes em jovens responsáveis

Filme: Ao mestre com carinho

Cena: Um jovem engenheiro desempregado aceita o trabalho de professor num subúrbio de Londres, onde encontra alunos indisciplinados.

Lição: Confrontado com a rebeldia, Mark Thackeray (Sidney Poitier) desiste de ensinar-lhes a matéria e passa a dar aulas de comportamento e postura, demonstrando que não há progresso sem atitudes positivas. Usa leituras e incute neles orgulho de suas origens e opiniões, insistindo para que busquem seu caminho próprio. Inspira-os, em vez de tentar domá-los.

Quem vê cara não vê coração

Filme: Shrek

Cena: O ogro verde vê sua paz ameaçada quando o governante de Duloc, Lord Farquaad, expulsa todas as criaturas mágicas para o pântano onde mora. Shrek então se vê forçado a buscar a mulher dos sonhos de Farquaad, a princesa Fiona, que vivia adormecida num castelo protegido por um dragão.

Lição: Shrek é feio, mas tem o coração puro. E a princesa, que também era meio ogro, escolhe ficar com ele.


Como encantar a família

Filme: Mary Poppins

Cena: A babá mágica transforma a casa dos Banks. Quando, no final, o pai fica mais “humano” e se aproxima dos filhos, ela abre seu guarda-chuva e vai embora voando.

Lição: É a lição complementar da Babá Quase Perfeita. Se as crianças precisam de limite, precisam também de fantasia, diversão – e pais que lhes deem atenção e carinho.


Como conquistar seus filhos

Filme: Uma babá quase perfeita

Cena: Daniel (Robin Williams) se divorcia e perde o contato diário com os filhos. Decide, então, se passar por babá para ficar mais perto deles.

Lição: Como pai, Daniel era meio irresponsável. Ao assumir o disfarce de babá, teve de agir como alguém que impõe limites aos filhos. Acabou ganhando o respeito deles.


Como driblar a solidão

Filme: O náufrago

Cena: O funcionário da FedEx Chuck Noland (Tom Hanks), náufrago em uma ilha, desenvolve uma relação de amizade com uma bola de vôlei furada, que ele trata como senhor Wilson.

Lição: O que fazer se o seu avião caiu e você não tem com quem falar? Noland inventa um amigo: a bola. Com ela, passa por todos os estágios de uma verdadeira amizade. Faz comentários, discute, briga, se reconcilia. A capacidade de criar empatia – no limite, até com um objeto – é a receita para estabelecer uma relação verdadeira.

Como montar uma equipe

Filme: Os intocáveis

Cena: Para capturar o mafioso Al Capone, o policial Eliot Ness (Kevin Costner) queria requisitar ajuda de algum policial numa delegacia. O policial Jim Malone (Sean Connery) o convence a recrutar seu agente (Andy Garcia) direto na academia – porque os policiais em atividade já estavam contaminados pela corrupção reinante na época.

Lição: Se você quer mudar uma situação, não adianta buscar as pessoas formadas naquela realidade. Precisa do novo.


Como entender sua mulher – ou seu marido

Filme: Se eu fosse você (1 e 2)

Cena: O casal Cláudio (Tony Ramos) e Helena (Glória Pires) tem uma grande discussão. No dia seguinte, eles acordam com os corpos trocados.

Lição: Não existe essa mágica. Mas colocar-se no lugar do outro ajuda a entender como ele (ela) pensa, sente, age. E cria uma relação de mais respeito.

Como vencer um adversário imbatível

Filme: Quando éramos reis

Cena: O filme mostra a preparação de Muhammad Ali para enfrentar o então campeão do mundo de boxe, o superforte George Foreman, no Zaire, em 1974.

Lição: Foreman tinha o soco mais poderoso do boxe. Ali criou uma guerra psicológica. Dizia-se invencível, rápido como a luz. Conseguiu mobilizar o país a seu favor, treinando nas ruas. E, no ringue, provocava Foreman, perguntando se aqueles “soquinhos” eram tudo o que ele tinha para dar. Foreman cansou de bater. E caiu, ante os golpes de Ali – que também não era fraco, não.

Como unir o grupo em dois minutos

Filme: Gladiador

Cena: Os gladiadores estão cercados por animais selvagens e guardas romanos. A morte é certa. Aí um dos gladiadores, o general romano caído em desgraça Maximus, lhes ensina os fundamentos da formação do exército para a batalha. E eles ganham.

Lição: A força de um grupo é maior que a soma das partes. Ao formar um círculo fechado, protegido pelos escudos de todos, os alvos se tornam uma carapaça intransponível. É desse grupo coeso que, de vez em quando, sai um golpe individual – para em seguida voltar à proteção do grupo. Fora do campo de batalha, vale a transposição do ensinamento: para aproveitar a força do grupo, é preciso ter disciplina de grupo.

Uma noção básica de moda

Filme: O diabo veste Prada

Cena: A estagiária Andy (Anne Hathaway) diz que dois cintos são iguais. Toma uma lição de moral da chefe...

Lição: Você pode até não ligar para os grandes estilistas e suas criações exageradas, mas não se engane: o Diabo está nos detalhes. Você tem de aprender a reconhecê-los. Os acessórios, a harmonização do conjunto, o sapato...

Otimismo demais é idiotice

Filme: A vida de Brian

Cena: Brian, o menino nascido no mesmo dia que Jesus, é crucificado junto a seus comparsas em uma paródia hilariante do Novo Testamento, do grupo Monty Python.

Lição: Se você está sendo crucificado e, a seu lado, alguém canta “Sempre olhe o lado bom da vida”, esse alguém é um idiota.


Como construir uma reputação

Filme: O poderoso chefão

Cena: O primeiro filme da série, inteiro, mostra como Don Corleone (Marlon Brando) comanda uma família mafiosa.

Lição: Para tornar-se um chefão, Don Corleone segue alguns princípios: lealdade a quem lhe é leal (como no episódio em que faz um grande esforço para ajudar um cantor decadente a conseguir um papel no cinema); tratar de forma diferente pessoas diferentes; ouvir mais do que falar; manter sua palavra, sempre; considerar todos os impactos de suas ações, nas diversas áreas; e lembrar que as razões de negócio se sobrepõem às paixões (e à vingança), mesmo nos assuntos mais cruciais, de vida e morte.

A vida é melhor do que parece

Filme: Tudo pode dar certo

Cena: Boris (Larry David) é um gênio pessimista e ranzinza. Ao tentar o suicídio pela segunda vez, cai em cima de uma mulher – por quem se apaixona.

Lição: Como em vários filmes recentes de Woody Allen, o recado é: racionalmente, a vida não tem sentido. Mas a realidade insiste em nos presentear com momentos de graça, amor, ternura, amizade, alegria. Aproveite!

Resenha: HP e a Câmara Secreta (J. K. Rowling)

 Segundo volume, de um total de sete, chamado "Harry Potter e a Câmara Secreta", lançado em agosto de 2000, com aproximadamente 280 paginas pela Editora Rocco, já o filme, foi lançado em 2002 pela Warner Bros.

 Capa Original do Livro

  Bom, vou escrever um resumo sobre o que acontece neste volume da série:
 "Como sempre, Harry está na casa de seus tios, um estranho ser que se auto entitula "Dobby" visita o garoto e pede que ele não vá para a escola mas ele nem dá ouvidos, então, o ser faz com que Harry fique preso dentro da casa, porém, os amigos vem em busca dele e o salva, levando ele para casa.

 Depois de não conseguirem atravessar a plataforma 9 e meia, Rony e Harry pegam um carro voador e vão direto para a escola caindo direto no salgueiro lutador, levam broncas, punições e detenções por isso.

  Algumas pessoas aparecem petrificadas dentro da escola, inclusive a Hermione, mas todos acham que a culpa é do Harry Potter e dizem que ele é o herdeiro de Salazar, no meio tempo ele se descobre oflodigota, que é uma pessoa que fala com as cobras, e também, ele começa escutar sussurros. Logo, ele descobre que há uma câmara secreta onde fica o monstro que petrificou os alunos, enquanto isso, Gina é capturada e fica entre a vida e a morte.

 Harry e Rony descobrem onde é a entrada da Câmara Secreta e levam juto com eles, o novo professor de defesa contra artes das trevas, que não passa de um falsário e Harry se vê sozinho nessa empreitada, mas logo ele descobre onde a Gina está e quem é o verdadeiro culpado por isso, assim salvando o dia, mais uma vez."

 O Restante acho que todos já sabem. Nesse livro, a escritora usa e abusa da criatividade, nada de novo é apresentado, porém, recontando em um livro o que já foi escrito em pedaços em diversos outros (não que isso seja ruim), e assim, dando inicio, sem saber, a caçada pelas horcrux (sim, acredito que essas coisas foram acidentais, explico isso quando eu resenhar todos os livros).

 A Escritora melhorou neste segundo livro, acho que é um processo normal de amadurecimento de quem escreve sagas ou quem tem apenas o hábito de escrever.

Poster do Filme

 Acho que o filme desse livro saiu mais fiel que o primeiro, ao menos, nada gritante veio em minha cabeça, alguém tem algo a comentar sobre isso?
 Uma curiosidade sobre o filme, é que, o ator Richard Harris (Alvo Dumbledore) morreu aos 72 anos, poucas semanas antes da estréia de Harry Potter e a Câmara Secreta, seu último filme.

O Filme recebeu algumas indicações em algumas premiações, sendo elas:
  • Recebeu três indicações ao BAFTA: Melhores Efeitos Especiais, Melhor Desenho de Produção e Melhor Som.
  • Recebeu uma indicação ao MTV Movie Awards: Melhor Interpretação Virtual (Dobby).
 Enfim, só lendo para gente saber se a escritora é boa ou não, e se a obra tem seus méritos, leiam e tirem suas prórias conclusões, ou se prefirirem, assistam o filme, apesar que sou do tipo que sempre acha que o livro é melhor, tem algumas exceções, mas isso fica para um outro post.

3º Prêmio Cultura Viva

 O 3º Prêmio Cultura Viva é voltado para iniciativas que articulem cultura e comunicação. Podem participar gestores públicos, grupos informais, organizações da sociedade civil e pontos de cultura que estimulem a expressão e o compartilhamento de informações, bem como a produção de conteúdos culturais.

 As inscrições estão abertas até 30 de junho. Além da ficha de inscrição nesse link você encontra o regulamento e o comentário Ministro Juca Ferreira sobre a iniciativa.

sexta-feira, maio 28, 2010

Oficinas Galpão selecionam roteiros

Post editado, pois as informações estavam incorretas.

 Quem tem entre 16 e 26 anos e participa de instituições de inclusão cultural ou formação digital tem uma chance especial. As Oficinas Galpão são um projeto de formação e realização audiovisuais e recebem inscrições de roteiro até 25 de junho.

 Serão escolhidos 15 roteiros de ficcção ou documentário para participar do curso gratuitamente. Os selecionados participarão das Oficinas de Qualificação e Intercâmbio Audiovisual (de 19 a 29 de julho, no Espírito Santo) e gravarão o filme, ainda terão a obra exibida em um circuito aberto e gratuito por ruas e praças. O projeto vai oferecer transporte, alimentação e alojamento necessários.

 Endereço da sede dp Cine Galpão:
Rua Professora Maria Cândida, 15, Bairro República - Vitória - ES. Tel.:  (27) 3327 6494

 Em caso de dúvidas, acesse aqui ou ligue nos telefones indicados.

Espanhóis criam bunkers para se proteger do "fim do mundo"

Os refúgios nas montanhas têm geradores elétrico, sistemas de refrigeração e dispensas para mantimentos
Foto: BBC Brasil
 
 Um grupo de pessoas na Espanha se juntou para construir abrigos em diferentes pontos do país para se proteger do que eles acreditam que será o fim do mundo, na data profetizada pelos maias, 2012.

 Não importa se a profecia falhar: eles têm certeza de que diante das mudanças climáticas, dos desastres naturais, da instabilidade das manchas solares e da ameaça nuclear, convém ter um refúgio.

 "Não somos apocalípticos, mas queremos evitar os riscos. Um país como a Espanha, que tem centrais nucleares que são alvo da Al-Qaeda, não conta com um nível de segurança muito alto diante de uma grande catástrofe", explicou à BBC o presidente do Grupo de Sobrevivência da Espanha 2012 (GSE), Jonatan Bosque.

"Na Suíça, toda nova construção vem com seu bunker. Aqui, quem tem este tipo de refúgio são pessoas endinheiradas. Somos uma organização não-lucrativa e o que queremos é que os bunkers estejam ao alcance de todos", acrescentou.


 Três anos em um bunker
 O GSE conta com 180 sócios e vários projetos nas serras de Madri, Granada e Aragão. Os bunkers, subterrâneos e construídos como cavernas nas montanhas, estão protegidos por uma capa de 60 cm de concreto e contam com filtros de partículas radioativas para evitar a infiltração de resíduos tóxicos ou a passagem de radiação ou bactérias.

 Além disso, os refúgios têm geradores elétricos que funcionam a diesel, sistemas de refrigeração e dispensas para mantimentos, sementes e plantas.

 "É possível permanecer até três anos em seu interior respirando ar puro, mas tudo depende da capacidade de gestão dos ocupantes, dos alimentos. Você não vai encontrar iogurtes desnatados te esperando", ressaltou Bosque.

 "A questão é que se você está diante de uma catástrofe, como a explosão de Chernobyl, você não vai poder sair durante vários anos."


 Preços
 O catálogo dos bunkers inclui um inspirado no metrô de Londres, que é vendido nas versões família (54 m para 24 pessoas) e comunitária (600 m para 150 pessoas). Os bunkers são projetados para serem cravados na montanha, como se fossem os quartos de um barco que vai enfrentar uma grande inundação.

 "Os bunkers grandes podem custar por volta de US$ 150 mil (cerca de R$ 275 mil) e os pequenos por volta de US$ 4 mil (R$ 7,3 mil). Com um montante entre US$1,8 mil (cerca de R$ 3,3 mil) e US$ 3 mil (cerca de R$ 5,5 mil) por pessoa pode-se ser proprietário de um bunker", explicou o responsável do grupo.

 "Porém, não é uma casa. Seu uso é para emergências. Para ter acesso aos bunkers é preciso pertencer à cooperativa, assim evitamos especulações com os preços."

 Neste sentido, o GSE 2012 planeja arrecadar dinheiro de empresas para que este tipo de refúgio tenha acesso público e seja financiado pelo Estado.


 A Profecia Maia
 Depois de ver o filme "2012", sucesso de bilheteria e que foi inspirado nas profecias maias, que mostra um mundo de cidades destruídas e mares revoltos, Bosque saiu convencido de que tinha visto uma comédia.

 "É muito exagerado, mas acreditamos que há um aumento dos desastres naturais como consequência da atividade das manchas solares", afirmou.

 "A própria Nasa anunciou uma tormenta solar sem precedentes para 2012. Provavelmente ficaremos sem luz e nosso estilo de vida vai entrar em colapso, mas também existem vozes, como a do escritor holandês Patrick Geryl, que falam em uma inversão dos pólos magnéticos da terra, com consequências geológicas drásticas", explicou Bosque.

 "Não é para construir um bunker para se sentir seguro. Tem de se desenvolver protocolos de atuação para todo tipo de catástrofe, por mais remotas que elas pareçam, como as tormentas solares."

 "Há pouco tempo a província de Gerona, na Catalunha, ficou sem luz por causa de uma nevasca. Eles sabiam que o cabeamento elétrico tinha de ser trocado porque estava obsoleto, mas não o fizeram."
 
Fonte: Terra Noticias

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 Acredito que isso, apesar de ser real (os bunkers), pode ajudar aí no desenvolvimento de algum conto ou narrativa mais longa de FC, já que isso nos da diversas idéias interessantes, ao menos eu tive algumas. Mas olhando esta foto, ela me fez lembrar dos hobbits do tolkien e os teletubbies. O_O'

Lançamento Amanhã 6 - Quem tem medo da noite?

 Foi divulgado no blog da editora Fundamento, que o sexto livro da série "Amanhã" será lançado nos próximos dias, lembrando que o quinto livro foi lançado há pouco mais de dois meses, a capa do sexto está pronta, confira:



 E para os mais assíduos, a editora divulgou um trecho da nova aventura dos cinco jovens que tiveram as vidas viradas de cabeça para baixo depois que uma guerra destruiu o país onde viviam, não sei ao certo se posso publicar aqui, porém, como estou falando a fonte, não vejo problema, confira o trecho:

“Foi o Homer quem pensou em um jeito diferente de nos aproximarmos dos “selvagens”, que era o nome que havíamos dado para os meninos que estavam vivendo nas ruas de Stratton. E chamá-los de selvagens não era exagero. Eles não eram baderneiros comuns. Eram ferozes, perigosos, assustadores. Tinham pegado a gente de surpresa e roubado com mais eficiência que os soldados. Tinham pelo menos duas armas, e um arco e flecha que podia ser tão mortal quanto uma arma de fogo, desde que soubessem como usá-lo. Mas andávamos querendo ajudá-los. Era horrível ver crianças tão pequenas e tão enlouquecidas. O Homer tinha dito uma vez que a gente não iria desistir deles se fossem nossos irmãozinhos ou irmãzinhas. Concordamos com ele, mesmo que de um jeito meio vago. Só que nunca tínhamos chegado a fazer nada a respeito. Já tínhamos problemas demais. Não posso falar pelos outros, mas eu ficava muito nervosa perto daqueles moleques. Com todos os sustos e horrores que a gente havia enfrentado, eu não estava muito a fim de arranjar mais problemas.”

 Em breve o livro "Quem tem medo da noite?" estará nas melhores livrarias e na loja virtual da editora.

 Para quem não conhece a série, ela foi escrita pelo australiano John Mardsen e conta a história de um grupo de jovens durante uma invasão em seu país detalhando uma invasão de alta intensidade e ocupação da Austrália por uma potência estrangeira. O Livro está escrito na perspectiva, e em primeira pessoa, pela personagem principal, Ellie Linton, uma garota que participa de um pequeno grupo de adolescentes que trava uma guerra de guerrilha contra os soldados inimigos em sua cidade natal, ficcional, de Wirrawee. O nome da série é derivado do título do primeiro livro, Amanhã, quando a guerra começou.

Lançamento em outros países:
1993-1999 (Austrália)
1993-1999 (Europa)
1995-2009 (EUA)
2008-???? (BR)

 No total, são 7 livros com aproximadamente 230 páginas cada, no Brasil o sexto livro será lançado nos próximos dias, nomes dos livros:

01- "Amanhã, Quando a Guerra Começou"
02- "O Silêncio da Noite"
03- "No Terceiro Dia, A Geada"
04- "Escuridão, Seja Minha Amiga"
05- "Vingança Em Chamas"
06- "Quem Tem Medo Da Noite?"
07- "O Outro Lado Do Amanhecer" (Tradução Literal)
 
 Em Junho de 2009, a Screen Australia anunciou que irá financiar o desenvolvimento do filme para o livro Amanhã Quando a Guerra Começou que terá o roteiro escrito e será dirigido pelo roteirista Stuart Beattie (Australia, Piratas do Caribe: A Maldição do Pérola Negra), e produzido por Andrew Mason. A produção do filme começou a ser preparada no final do ano de 2009. O filme será lançado em 02/09/10, até agora não há data para o lançamento no Brasil.
 
 Para quem tiver mais interesse sobre a obra, pode acessa o site da editora, clique aqui, ou o do escritor John Mardsen, clique aqui (em inglês), ou o site do livro, clique aqui (em inglês).

quinta-feira, maio 27, 2010

Agora a programação da Flip está completa

8ª edição da Festa Literária Internacional de Paraty será entre os dias 4 e 8 de agosto

 Ainda tem tempo até que os ingressos para a 8ª Festa Literária Internacional de Paraty comecem a ser vendidos, mas já é bom dar uma olhada cuidadosa na programação que está recheada de bons autores e ir selecionando as melhores mesas. Entre os 35 convidados de 14 países, estão Salman Rushdie, Robert Darton, Robert Crumb, Lou Reed, Collum McCann, Isabel Allende, Antonio Tabucchi, Azar Nafisi, Peter Burke, William Boyd, Benjamin Moser, Wendy Guerra, Alberto da Costa e Silva, Beatriz Bracher, Reinaldo Moraes, Moacyr Scliar, Ronaldo Correia de Brito e tantos outros.



 Os ingressos deste ano, que serão vendidos a partir do dia 5 de julho (ou como mostra a experiência nas primeiras horas do dia 5), estão mais salgados. Assistir aos debates ao vivo vai custar R$ 40. Quem não conseguir ingresso para a tenda dos autores e se contentar em ver do telão paga R$ 10. Mas quem não puder fazer nem um e nem outro vai poder assistir de casa, pela internet, em tempo real.

 São esperadas 20 mil pessoas entre os dias 4 e 8 de agosto, e o investimento total da organização, que conta com leis de incentivo fiscal, é de R$ 6,3 milhões. Esse valor não representa apenas o que será usado para fazer a Flip acontecer, mas engloba todas as ações da Casa Azul durante o ano em Paraty. E, de acordo com Mauro Munhol, presidente da entidade, isso está fazendo a diferença na cidade. “Paraty tinha qualidades fantásticas e tendia a seguir o caminho da decadência de outros destinos turísticos”. Eles perceberam que a cultura podia mudar o rumo das coisas e parece que está dando certo.

 Sobre a programação, o curador Flávio Moura disse que tentou aproveitar ao máximo a presença dos escritores, que em alguns casos participam de diferentes mesas. E a ideia original da Flip de não repetir convidados não existe mais. “Se o autor lança um livro ou se tem alguma coisa interessante a dizer, é mais do que bem-vindo”, disse o curador. “Ter o Salman Rushdie como alguém que quer voltar é a maior honra para a Flip”, comenta. O show de abertura fica por conta de Edu Lobo e foi planejado para compor a programação em homenagem à Gilberto Freyre, que vai tomar boa parte das mesas de debate.


Programação Flip

Quarta, 4/8

19h - abertura - Casa Grande e Senzala: Um Livro Perene
Fernando Henrique Cardoso
Luiz Felipe de Alencastro - debatedor

21h30 - show de abertura
Edu Lobo, Renata Rosa, com Marcelo Jeneci e Quarteto de Cordas da Academia da Osesp com dir. artística de Arthur Nestrovski.

Quinta 5/8

10h - mesa 1 - Ao Correr da Pena
Berthold Zilly
Moacyr Scliar
Ricardo Benzaquen
Edson Nery da Fonseca

12h - mesa 2 - De Frente Pro Crime
Patrícia Melo
Lionel Shriver

15h - mesa 3 - Fábulas Contemporâneas
Reinaldo Moraes
Ronaldo Correia de Brito
Beatriz Bracher

17h15 - mesa 4 - Veias Abertas
Isabel Allende

19h30 - mesa 5 - O Livro: Capítulo 1
Peter Burke
Robert Darnton

Sexta 6/8

10h - mesa 6 - O Livro: Capítulo 2
Robert Darnton
John Makinson

12h - mesa 7 - Além da Casa Grande
Alberto da Costa e Silva
Maria Lucia P. Burke
Angela Alonso

15h - mesa 8 - Chá Pós-Colonial
William Boyd
Pauline Melville

17h15 - mesa 9 - Promessas de um Velho Mundo
A. B. Yehoshua
Azar Nafisi

19h30 - mesa 10 - Em Nome do Filho
Salman Rushdie

Sábado, 7/8

10h - mesa 11 - Andar com Fé
Terry Eagleton

12h - mesa 12 - Albany, Nova York e Outras Aldeias
Colum McCann
William Kennedy

15h - mesa 13 – Tabacaria
Antonio Tabucchi

17h15 - mesa 14 - A Origem do Universo
Robert Crumb
Gilbert Shelton

19h30 - mesa 15 - O Som e o Sentido
Lou Reed

Domingo, 8/8

9h30 - mesa Zé Kléber

11h45 - mesa 16 - Gilberto Freyre e o Século 21
José de Souza Martins
Peter Burke
Hermano Vianna

14h30 - mesa 17 - Cartas, Diários e Outras Subversões
Wendy Guerra
Carola Saavedra

16h30 - mesa 18 - Nacional, Estrangeiro
Benjamin Moser
Berthold Zilly

18h15 - mesa 19 - Livro de Cabeceira
Convidados da Flip leem trechos de seus livros predileto

Conheça os participantes da 8ª Flip

Abraham B. Yehoshua
Abraham B. Yehoshua (1936, Jerusalém, Israel) é formado em literatura e filosofia pela Universidade de Jerusalém e já teve quatro obras publicadas em português: A mulher de Jerusalém (2008), A noiva libertada (2007), Viagem ao fim do milênio (2001) e Shiva (2000). Desde 1972, o escritor, que já foi traduzido para 28 línguas, dá aulas de literatura comparada e literatura hebraica na Universidade de Haifa. Recebeu diversos prêmios, entre eles o Alterman Prize, de Melhor Romance do Ano (1992), por Mr. Mani, o Viareggio (2005), pelo conjunto da obra, o Brenner Prize e o norte-americano National Jewish Book Award. Em 2007, o romance Five seasons foi considerado um dos dez livros mais importantes desde a criação do Estado de Israel. Yehoshua começou sua carreira como escritor logo depois de completar o serviço militar obrigatório em Israel. Seu primeiro livro, The death of the old man, foi publicado em 1962, quando ele tinha apenas 26 anos. Seu último romance é Friendly Fire, de 2008.


Alberto da Costa e Silva
Ocupante da cadeira nº 9 da Academia Brasileira de Letras, o diplomata, poeta, ensaísta, memorialista e historiador Alberto da Costa e Silva (1931, São Paulo, Brasil) vai participar de uma das três mesas em homenagem a Gilberto Freyre. Admirador do sociólogo brasileiro, Costa e Silva é reconhecido por seu trabalho como africanólogo – o imortal é o autor de A manilha e o libambo: a África e a escravidão de 1500 a 1700. Além de vários livros de ensaios, publicou ainda poesias, tendo ganhado, inclusive, o Prêmio Jabuti por Ao lado de Vera. Seu último trabalho, de 2009, é O quadrado amarelo, uma reunião de ensaios. Como diplomata, serviu em Lisboa, Caracas, Washington, Madri e Roma, antes de ser embaixador em Portugal, Colômbia e no Paraguai.


Angela Alonso
Angela Alonso (1969, São Paulo, Brasil) é professora do Departamento de Sociologia da Universidade de São Paulo (USP) e pesquisadora do Centro Brasileiro de Análise e Planejamento (Cebrap). Em Joaquim Nabuco – os salões e as ruas, Angela explora o pensamento de Gilberto Freyre na construção de uma sociologia brasileira. A professora escreveu também Ideias em movimento: a geração de 1870 na crise do Brasil-Império.É fellow da Fundação Guggenheim e visiting fellow da Universidade de Yale (2009-10). Suas pesquisas e publicações investigam as relações entre cultura, ação coletiva e os movimentos políticos e intelectuais.


Antonio Tabucchi
Com mais de vinte livros traduzidos em mais de quarenta línguas, Antonio Tabucchi (1943, Pisa, Itália) irá lançar, durante a Flip, O tempo envelhece depressa – uma reunião de nove contos cujo fio condutor é a relação dos personagens com o tempo. A editora Cosac Naify irá republicar ainda Noturno indiano, Afirma Pereira e Réquiem. Com onze títulos publicados no Brasil, entre eles Tristano morre (2007), Está ficando tarde demais (2004) e Os voláteis do beato Angélico (2003), Tabucchi mantém uma relação muito próxima com a literatura brasileira. Além de ser professor do Departamento de Língua Portuguesa da Universidade de Pisa, já traduziu Sentimento do mundo, a coletânea poética de Carlos Drummond de Andrade. Responsável pela edição em língua italiana da obra de Fernando Pessoa e pela difusão da literatura portuguesa em seu país, Tabucchi coleciona premiações. Recebeu o Médicis étranger por Noturno indiano (1991), os prêmios Campiello, Scanno e Jean Monnet de Literatura Europeia por Afirma Pereira (1995).


Azar Nafisi
Azar Nafisi (1955, Teerã, Irã) é autora de Lendo Lolita em Teerã. Traduzido para 32 línguas, o livro ficou por 117 semanas na lista de best-sellers do The New York Times e rendeu a Nafisi os prêmios de Livro do Ano de Não Ficção do Booksense, em 2004, e o Frederic W. Ness. Nafisi foi embora do Irã com 13 anos para estudar na Inglaterra e nos Estados Unidos. Voltou ao país natal em 1979, onde ficou por 18 anos. Ensinou literatura na Universidade de Teerã (de onde foi expulsa em 1981 por se recusar a usar véu, tendo retomado suas aulas apenas em 1987), na Universidade Livre Islâmica e na Universidade Allameh Tabatai. Atualmente, é professora visitante de estética, cultura e literatura do Foreign Policy Institute, da Universidade norte-americana de Johns Hopkins. Em seu livro mais recente, O que eu não contei, lançado este ano no Brasil, a autora investiga as ligações entre o passado de sua família e a conturbada história do Irã.


Beatriz Bracher
Formada em Letras, Beatriz Bracher (1961, São Paulo, Brasil) foi uma das editoras da revista de literatura e filosofia 34 Letras e cofundadora da Editora 34, onde trabalhou por oito anos. Beatriz, que já esteve na Flip em 2005, publicou em 2002 seu primeiro romance, Azul e dura, seguido de Não falei (2004), Antonio (2007) e Meu amor, seu livro mais recente, pelo qual recebeu, da Fundação Biblioteca Nacional, o Prêmio Clarice Lispector como melhor livro de contos de 2009. Além de escritora, é roteirista de cinema. Em 1994, escreveu com Sérgio Bianchi o argumento do filme Cronicamente inviável e, mais recentemente, com o mesmo diretor, o roteiro do longa-metragem Os inquilinos, com o qual conquistou o prêmio de melhor roteiro no Festival do Rio 2009.


Benjamin Moser

Tudo começou quando Benjamin Moser (1976, Houston, Estados Unidos), ainda na faculdade, fez um curso sobre literatura brasileira em que estudou A hora da estrela. A paixão por Clarice Lispector foi arrebatadora. Alguns anos depois, já vivendo na Holanda, soube que a escritora seria homenageada pela Festa Literária Internacional de Paraty (Flip 2005). Pegou o primeiro avião para o Brasil e desde então dedicou-se à biografia Clarice. Foram cinco anos “batendo em portas do mundo inteiro”, como ele mesmo explicou. Resenhada com destaque pela imprensa estrangeira, como o jornal The New York Times e a revista The Economist, a obra revela, pela primeira vez, aspectos fundamentais na trajetória da escritora, desde a origem miserável e violenta na Ucrânia – para onde o autor viajou – ao reconhecimento crítico. Moser tece relações entre a vida e a obra da brasileira numa narrativa envolvente. O sucesso do livro tem ampliado o interesse pela escritora no exterior. Formado em história, Moser é também tradutor e colunista da Harper’s Magazine e colaborador do The New York Review of Books


Berthold Zilly
Professor do Instituto Latino-Americano da Universidade Livre de Berlim, Berthold Zilly (1945, Danndorf/ Helmstedt, Alemanha) veio para o Brasil pela primeira vez em 1968. Poucos anos depois, entrou em contato com Os sertões, obra que se tornaria símbolo da sua atuação profissional dali para a frente. Grande interessado na construção sociológica do povo nordestino e brasileiro, Zilly credita o mergulho em Euclides da Cunha e no Brasil o fato de ter se tornado um grande pesquisador e conhecedor da formação do país como Estado. Além disso, é um dos principais tradutores alemães da atualidade. Em 1995 recebeu o mais importante prêmio de tradução da Alemanha, o Christoph-Martin-Wieland-Preis, por sua tradução de A guerra no sertão, de Euclides da Cunha, e em 2001 recebeu a Ordem Nacional do Cruzeiro do Sul. Verteu várias obras de escritores brasileiros para o alemão, entre eles Machado de Assis e Lima Barreto.


Carola Saavedra
Naturalizada brasileira, Carola Saavedra (1973, Santiago do Chile, Chile) publicou seu primeiro livro em 2005, Do lado de fora. Mais recentemente, lançou Toda terça (2007) e Flores azuis (2008), pelo qual recebeu o prêmio da Associação Paulista de Críticos de Arte (Apca) de melhor romance. Em Paisagem com dromedário, sua última obra, Carola conta, por meio de 22 mensagens, a história de um casal de artistas plásticos. Nesse livro, a autora atualiza radicalmente o gênero epistolar, aproximando-o do cinema e do radioteatro.


Colum McCann
Autor de dois livros de contos e seis romances, como Zoli, Dancer e This side of brightness, Colum McCann (1965, Dublin, Irlanda) foi traduzido para mais de 30 línguas e teve seus textos publicados em revistas como New Yorker, New York Times Magazine e Paris Review. Começou a carreira como jornalista do Irish Press e já contribuiu com The Guardian, The Independent, La Republicca, Paris Match e The New York Times, entre outros. Seu último trabalho, Let the great world spin, lhe rendeu, em 2009, o National Book Award e foi considerado pela revista Esquire “o primeiro grande romance sobre 11 de setembro”. O livro parte da famosa travessia do equilibrista francês Philippe Petit entre as torres do World Trade Center de Nova York, em 1974, para narrar histórias fictícias de anônimos que o observavam no momento.


Edson Nery da Fonseca
Apenas um ano depois, Edson Nery da Fonseca (1921, Recife, Brasil) está de volta à Flip. O biblioteconomista, que quase foi militar e monge, é um dos maiores especialistas do país na obra do sociólogo Gilberto Freyre. Professor emérito da Universidade de Brasília, também é pesquisador da Fundação Joaquim Nabuco. Nery da Fonseca e Freyre cultivaram uma amizade de mais de quarenta anos. Os longos anos de estudo das obras de Freyre e a aproximação e convivência entre ambos renderam a Nery da Fonseca o título de Gilbertólogo, ou Gilbertófilo como ele prefere ser denominado. Organizou reedições de vários livros de Gilberto Freyre e, sobre ele, escreveu Novas perspectivas em Casa-grande & senzala (1985) e Em torno de Gilberto Freyre (2007), entre outros. Vive em Olinda, com muitos gatos e 12 mil volumes de livros.


Fernando Henrique Cardoso
Autor do prefácio da edição mais recente de Casa-grande & senzala e de diversos textos sobre a obra do homenageado Gilberto Freyre, o sociólogo e ex-presidente do Brasil (1931, Rio de Janeiro, Brasil) analisa na conferência de abertura da Flip a complexidade e as contradições do pensamento de Freyre. FHC viveu exilado no Chile e na França depois do golpe de 1964. Voltou ao Brasil em 1968 e assumiu, por concurso público, a cátedra de Ciência Política da Universidade de São Paulo (USP). No ano seguinte, foi aposentado compulsoriamente e teve seus direitos políticos cassados pelo Ato Institucional nº 5. Fundou então, com outros professores e pesquisadores cassados, o Centro Brasileiro de Análise e Planejamento (Cebrap). Foi presidente do Brasil entre 1995 e 2002 e hoje coordena o Instituto Fernando Henrique Cardoso. Entre os seus livros publicados no Brasil estão: A arte da política: a história que vivi (2006); O presidente segundo o sociólogo, entrevista a Roberto Pompeu (1998); O mundo em português, um diálogo com Mário Soares (1998); A construção da democracia (1993); Dependência e desenvolvimento na América Latina, com Enzo Faletto (1969, reeditado em 2004) e Capitalismo e escravidão no Brasil meridional: o negro na sociedade escravocrata do Rio Grande do Sul (1962, reeditado em 2003).


Gilbert Shelton
Gilbert Shelton (1940, Houston, Texas) é um dos expoentes dos quadrinhos underground. Seus primeiros desenhos foram publicados na Texas Ranger, revista de humor editada pela Universidade do Texas, onde, em 1961 Shelton se graduou em Ciências Sociais. Residente em Paris, já publicou no Brasil Aventuras do gato do Fat Freddy, The fabulous Furry Freak Brothers e The Freak Brothers. O trio de maconheiros – Freewheelin' Franklin, Phineas T. Freakears e Fat Freddy Freekowtski –, sempre acompanhado do gato Fat Freddy, que vivia imerso em sexo, drogas e rock’n’roll, ajudou a estampar a cara da contracultura dos anos1960-70. Apesar de aposentados desde meados da década de 1980, quando Shelton se mudou para Paris com sua mulher, a agente literária Lora Fountain, são os Freak Brothers e suas inúmeras reedições em língua estrangeira que ainda sustentam o autor, atualmente envolvido na produção de um longa-metragem animado estrelado por eles.


Hermano Vianna
A grande missão de Hermano Vianna (1960, João Pessoa, Brasil) é dar voz e espaço à diversidade das manifestações culturais. Por isso, o antropólogo é cocriador do site cultural Overmundo (www.overmundo. com.br), ambiente virtual colaborativo voltado para a cultura brasileira e a cultura produzida por brasileiros em todo o mundo, em especial as práticas, manifestações e a produção cultural que não têm a devida expressão nos meios de comunicação tradicionais. É autor de O mistério do samba, em que investiga como o samba, música de morro discriminada pelo resto da população e reprimida pela polícia, transformou-se em símbolo da identidade nacional brasileira, e O mundo funk carioca, que vê nos bailes funks, fenômeno relativamente recente, o caminho para lidar com o modo de vida das camadas de baixa renda que habitam os subúrbios ou as favelas do Grande Rio.


Isabel Allende
A peruana naturalizada chilena Isabel Allende (1942, Lima, Peru) lançará na Flip seu mais novo livro, A ilha sob o mar. Depois de três anos sem publicar – seu último trabalho, A soma dos dias, foi lançado em 2007 –, Isabel volta à ficção com a história da escrava Zarifé. Jornalista desde os dezessete anos, estreou na literatura com A casa dos espíritos, em que utilizou os manuscritos das cartas que escreveu para seu avô, enquanto ele se convalescia no leito de morte, para retratar os fantasmas da ditadura de Augusto Pinochet. A escritora se transformou em um verdadeiro best-seller mundial, com dezoito livros publicados em mais de trinta idiomas.


José de Souza Martins
O escritor e sociólogo José de Souza Martins (1938, São Caetano do Sul, Brasil) é professor emérito e professor titular de sociologia da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da Universidade de São Paulo, instituição na qual obteve o bacharelado, a licenciatura, o mestrado, o doutorado e a livre-docência. Na Universidade de Cambridge (Inglaterra), foi pesquisador visitante do Centro de Estudos Latino-Americanos (1976) e, em 1993-94, professor titular da Cátedra Simón Bolívar e fellow do Trinity Hall. Foi professor visitante da Universidade da Flórida (Estados Unidos), em 1983, e do Instituto de Ciências Sociais da Universidade de Lisboa (Portugal), em 2000. Autor de diversos livros de destaque, ganhou o Prêmio Jabuti de Ciências Humanas, em 1993 – com a obra Subúrbio – e em 1994 – com A chegada do estranho. Recebeu o Prêmio Érico Vannucci Mendes do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), em 1993, pelo conjunto de sua obra, e o Prêmio Florestan Fernandes da Sociedade Brasileira de Sociologia, em 2007. Em 2008, lançou A aparição do demônio na fábrica. Publicou dezoito livros, entre eles A sociabilidade do homem simples, Sociologia da fotografia e da imagem e Fronteira.


John Makinson
Formado em inglês e história pela Universidade de Cambridge, Jonh Makinson (1955, Inglaterra) começou sua vida profissional como jornalista da agência de notícia Reuters e do jornal The Financial Times. Depois de fundar uma empresa de consultoria financeira, Makinson volta ao Financial Times, desta vez como diretor administrativo do jornal. Torna-se, então, diretor financeiro do Pearson Group, do qual o Penguin Group é subsidiário. Em 2002, Makinson é nomeado CEO da tradicional editora britânica. Na Flip, Makinson debaterá com o historiador Robert Darnton sobre o futuro do livro frente ao grande processo de transformação por que passa o mercado editorial


Lionel Shriver
Lionel Shriver nasceu Margaret Ann Shriver (1957, Carolina do Norte, Estados Unidos) e aos 15 anos mudou de nome. Formada e pós-graduada pela Universidade de Columbia e pelo Barnard College, nos Estados Unidos, viveu em Nairóbi (Quênia), Bangkok (Tailândia) e Belfast (Irlanda). Precisamos falar sobre o Kevin, seu oitavo romance, foi recusado por agentes literários e mais de 30 editoras, mas em 2005 ganhou o prêmio Orange, na Grã-Bretanha. Publicou ainda The female of the species, Checker and the Derailleurs, Ordinary decent criminals, Game control, A perfectly good family e O mundo pós-aniversário. Seu mais recente livro, So much for that, foi lançado em março deste ano. Vive em Londres e contribui para os jornais The Guardian, New York Times, Wall Street Journal, Financial Times e para o semanário Economist.


Lou Reed
Tudo começou com um piano clássico. Só foi pegar numa guitarra quando tinha dez anos. Aprendeu a tocá-la ouvindo rádio. Nos anos 1960, sua carreira atingiria o boom, quando a então desconhecida banda The Velvet Underground chamou a atenção do líder da pop art Andy Warhol. Roqueiro, letrista, vocalista, guitarrista e fotógrafo, o americano Lou Reed (1942, Freeport, Estados Unidos) é autor de livros de fotografia e, em julho, lança no Brasil Atravessar o fogo, obra que reúne 310 canções. No começo dos anos 1970, Reed iniciou sua carreira solo, emplacando o sucesso “Walk on the wild side”. Além de fazer música, o americano também contribuiu para publicações de prestígio. Em 1996, escreveu um diário para a revista americana The New Yorker sob o título “The aches and pains of Touring”.No fim de 2001 escreveu, especialmente para o The New York Times, por ocasião do 11 de setembro, o poema “Laurie, if you’re sadly listening”, em que tenta humanizar a tragédia. Faz uma ponte entre literatura e música ao lançar, em 2003, o álbum The Raven, inspirado na obra do escritor Edgar Allan Poe.


Luiz Felipe de Alencastro
Luiz Felipe de Alencastro (1946, Itajaí, Brasil) formou-se em história e ciências políticas na Universidade de Aix-en-Provence (França) e doutorou-se em história na Universidade de Paris-Nanterre. Ensinou nas universidades de Rouen e Paris-Vincennes. Desde 1986, é professor do Instituto de Economia da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) e pesquisador do Centro Brasileiro de Análise e Planejamento (Cebrap). Atualmente, é professor visitante da cátedra de História do Brasil da Universidade de Paris-Sorbonne. Organizador do volume 2, Império - A corte e a modernidade nacional, da História da vida privada no Brasil, é também colunista de vários jornais e revistas.


Maria Lúcia Garcia Pallares-Burke
Professora aposentada da Faculdade de Educação da Universidade de São Paulo (USP), Maria Lúcia Garcia Pallares-Burke (1946, São Paulo, Brasil) vive atualmente em Cambridge, Inglaterra, onde é pesquisadora associada do Centre of Latin American Studies da Universidade de Cambridge. É dela um dos mais importantes estudos sobre o autor de Casa-grande & senzala: Gilberto Freyre: um vitoriano dos trópicos. A narrativa, que rendeu à autora o Prêmio Jabuti de 2006 e o Prêmio da Academia Brasileira de Letras, descortina o mundo cultural no qual Freyre estava inserido. O que se revela na obra é a construção de um novo paradigma que, de imediato, toma conta do imaginário nacional e contribui de modo decisivo para a “formação das almas brasileiras”. Em parceria com seu marido, o inglês Peter Burke, escreveu Repensando os trópicos: um retrato intelectual de Gilberto Freyre, obra que se apoia em ampla pesquisa para construir uma narrativa substancial sobre a vida e trabalho do sociólogo. Maria Lúcia publicou ainda As muitas faces da história, entre outros.


Moacyr Scliar
Moacyr Scliar (1937, Porto Alegre, Brasil) publicou seu primeiro livro, Histórias de um médico em formação, em 1962. A partir daí, não parou mais. São mais de setenta livros abrangendo o romance, a crônica, o conto, a literatura infantil e o ensaio. Sua obra é marcada pelo flerte com o imaginário fantástico e pela investigação da tradição judaico-cristã. Seu estilo leve e irônico lhe garantiu um público bastante amplo de leitores, e em 2003 ele foi eleito para a Academia Brasileira de Letras, tendo recebido antes uma grande quantidade de prêmios literários como o Jabuti (1988, 1993 e 2009), o da Associação Paulista de Críticos de Arte - Apca (1989) e o Casa de las Americas (1989). O autor já teve seus livros traduzidos para doze idiomas. Entre suas obras mais importantes estão os contos e os romances O ciclo das águas, A estranha nação de Rafael Mendes, O exército de um homem só e O centauro no jardim, este último incluído na lista dos cem melhores livros de temática judaica dos últimos duzentos anos, feita pelo National Yiddish Book Center nos Estados Unidos.


Patrícia Melo
Patrícia Melo (1963, Assis, Brasil), que esteve na primeira Flip em 2003, agora volta para falar sobre a arte de escrever thrillers psicológicos. Ganhadora do Prêmio Jabuti de Literatura em 2001 por Inferno, Patrícia também escreve textos para o teatro, como Duas mulheres e um cadáver e A caixa. Discípula de Rubem Fonseca, adaptou para o cinema Bufo & Spallanzani. No prelo, Ladrão de cadáveres, seu mais novo romance, que conta a aventura diabólica de um ex-gerente de telemarketing, despedido depois do suicídio de sua funcionária, que ele agredira dias antes num momento de descontrole. Abatido e sem rumo, ele troca São Paulo por Corumbá em busca de uma rotina menos estressante. A escritora, roteirista e dramaturga escreve obras policiais e é conhecida por esmiuçar o funcionamento do raciocínio criminoso.


Pauline Melville
Primeiro veio a fama como atriz. Pauline Melville (1948, Guiana) participou de diversos filmes e séries de televisão. Depois, veio o reconhecimento como escitora. Logo seu primeiro livro, Shape-Shifter (1990), uma coletânea de contos que trata da vida pós-colonial no Caribe, lhe rendeu o Prêmio Commonwealth Writers. Sua escrita incisiva, engraçada e original foi elogiada por Salman Rushdie, que também estará na Flip deste ano. Seu conhecimento sobre o novo e o velho mundos e suas experiências multiculturais - filosofia ocidental de braços dados com mitos de criação ameríndios - resultam numa mistura marcada por uma perspicácia iconoclasta. A história do ventríloquo (1997) é seu primeiro romance. Por ele recebeu o Prêmio Whitbread e o Prêmio Orange. Publicou também The Migration of Ghosts. Seu último livro é Eating Air (2009).


Peter Burke
Peter Burke (1937, Stanmore, Inglaterra) foi professor de História das Ideias na School of European Studies, da Universidade de Essex, e deu aulas por dezesseis anos na Universidade de Sussex. Atualmente é professor emérito da Universidade de Cambridge. Especialista em Idade Moderna europeia, enfatiza em suas análises a relevância dos aspectos socioculturais. Foi professor-visitante do Instituto de Estudos Avançados da Universidade de São Paulo (IEA–USP) de setembro de 1994 a setembro de 1995, período em que desenvolveu o projeto de pesquisa "Duas crises de consciência histórica". É autor de mais de trinta livros, muitos deles publicados no Brasil, como O que é história cultural?, A fabricação do rei, Hibridismo cultural e Uma história social do conhecimento. Em parceria com sua mulher, a brasileira Maria Lúcia Garcia Pallares-Burke, escreveu Repensando os trópicos: um retrato intelectual de Gilberto Freyre, obra que se apoia em ampla pesquisa para construir uma narrativa substancial sobre a vida e o trabalho do sociólogo. Seu último livro publicado no Brasil é O historiador como colunista (2009), uma coleção das suas colunas para o jornal Folha de São Paulo.


Reinaldo Moraes
Pela segunda vez na Flip, o escritor Reinaldo Moraes (1950, São Paulo, Brasil) é autor de Pornopopeia (2009), um dos grandes livros da safra mais recente da ficção brasileira. Publicou aindaTanto faz (1981), Abacaxi (1985), Órbitas dos caracóis (2003), um romance para jovens, e Umidade (2005), uma antologia de contos. Além disso, escreveu diversos roteiros para a TV.


Ricardo Augusto Benzaquen de Araújo
Pensamento social brasileiro, teoria social e sociologia da cultura são os principais objetos de estudo de Ricardo Augusto Benzaquen de Araújo (1952, XX, Brasil). Graduou-se em história pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC- RJ) em 1974, e concluiu o mestrado (1980) e o doutorado (1993) em Antropologia Social pela Universidade Federal do Rio de Janeiro. É professor titular e pesquisador do Instituto Universitário de Pesquisas do Rio de Janeiro (IUPERJ) e professor assistente do Departamento de História da PUC-RJ. É autor de Totalitarismo e revolução: o integralismo de Plínio Salgado (1988) e Guerra e paz: Casa-grande e senzala e a obra de Gilberto Freyre nos anos 30 (1994), título pelo qual recebeu o Prêmio Jabuti de Melhor Ensaio em 1995.


Robert Crumb
Símbolo da contracultura nos anos 1960, Robert Crumb (1943, Filadélfia, Estados Unidos) lançou, no fim de 2009, Gênesis – uma versão em quadrinhos do mais antigo livro da Bíblia. Para produzir a obra de 210 páginas, o cartunista se dedicou, por mais de quatros anos, aos estudos religiosos. Agnóstico declarado, antes de adaptar o livro do Gênesis para os quadrinhos Crumb já havia transposto obras de Franz Kafka, Charles Bukowski e Philip K. Dick. Entre os títulos publicados no Brasil, estão Kafka de Crumb, Fritz, the cat, Mr. Natural, Mr. Natural vai para o hospício e Minha vida. Crumb já vendeu quadrinhos com a mulher, na época grávida, pelas ruas de São Francisco, colaborou com o roteirista Harvey Pekar nos anos 1970 e foi tema do documentário Crumb, lançado em 1994 pelo diretor Terry Zwigoff. Em parceria com a esposa Aline Kominsky, produziu quadrinhos autobiográficos publicados pela New Yorker e reproduzidos no Brasil pela revista Piauí. Vive com a família no Sul da França desde 1991.


Robert Darnton
Robert Darnton (1939, Nova York) é historiador, formado em Harvard, Estados Unidos, e com doutorado em história na universidade inglesa de Oxford. Especialista em história da França do século XVIII, seus estudos estão voltados para o IluminismoeaRevolução Francesa. No Brasil, tem publicados os seguintes livros: O grande massacre de gatos e outros episódios da história cultural francesa, Boemia literária e revolução, O beijo de Lamourette, Edição e sedição, O Iluminismo como negócio e Os dentes falsos de George Washington. A obra Best-sellers proibidos da França pré-revolucionária ganhou, em 1995, o prêmio National Book Critics Circle na categoria de crítica. Em 2007, Darnton assumiu a direção da Biblioteca da Universidade Harvard. Abraçou a missão de digitalizar e tornar acessível gratuitamente pela internet o conjunto da produção intelectual da universidade norte-americana. Seu último trabalho é The Case for Books: Past, Present and Future, de 2009.


Ronaldo Correia de Brito
Não é a primeira vez de Ronaldo Correia de Brito (1950, Saboeiro, Brasil) na Flip. O autor, que esteve na Festa em 2006, constrói sua obra a partir do cruzamento do imaginário sertanejo e da cultura popular nordestina com a modernidade. Foi nesse contexto que desenvolveu seu último romance, Galileia, título vencedor do Prêmio São Paulo de Literatura em 2009. Médico de formação, o cearense já publicou As noites e os dias (1996), Faca (2003), Pavão misterioso (2004) e Livro dos homens (2005). Por Pavão misterioso, escrito com Assis Lima, ganhou o Prêmio Zilka Salaberry 2007 de teatro infantil.


Salman Rushdie
Pela segunda vez o escritor indiano/britânico Salman Rushdie (1947, Mumbai, Índia) marca presença na Flip. De família muçulmana liberal e abastada, aos 13 anos foi estudar na Inglaterra e lá permaneceu, tendo se tornado súdito britânico. Em 1968, formou-se em história no King's College, em Cambridge. Depois de uma breve carreira como ator, passou a dedicar-se à literatura em 1971. Seu romance Os filhos da meia-noite ganhou o prestigioso Booker Prize (1981), o Booker of Bookers (1993) e o Best of the Booker (2008). Já Os versos satânicos (1988) valeu-lhe o Whitbread Prize e uma sentença de morte, promulgada pelo aiatolá Khomeini. Neste ano, Rushdie fala sobre seu novo romance, Luka e o fogo da vida. O livro é uma continuação de Haroun e o mar de histórias (1990), em que o irmão de Haroun se junta à missão de devolver ao pai, um contador de histórias, o dom de narrar.


Terry Eagleton
O crítico cultural Terry Eagleton (1943, Salford, Inglaterra) transita entre a crítica e a criação literária e já publicou mais de uma dezena de livros e inúmeras resenhas e artigos. Sua obra de maior destaque é Teoria da literatura: uma introdução, que traça a história do estudo de textos contemporâneos, desde os românticos do século XIX até os autores pós-modernos. Em seu último trabalho, Reason, faith, and revolution: reflections on the God debate, Eagleton reúne uma série de aulas ministradas na Universidade de Yale, em 2008. Neste livro, o crítico britânico põe em xeque o racionalismo defendido pelo biólogo evolucionista Richard Dawkins e pelo jornalista Christopher Hitchens e propõe uma reflexão de cunho materialista acerca dos conceitos de razão, fé e revolução.


Wendy Guerra
Correspondência vigiada, fotos nuas, prêmio aos 17 anos e diários. Tudo isso faz parte do universo de Wendy Guerra (1970, Havana, Cuba). A escritora não apenas vai lançar no Brasil Nunca fui primeira-dama, como virá pessoalmente ao país falar sobre sua vida e obra na Flip. A troca de correspondências com seu editor brasileiro fez com que ela fosse chamada pelo governo de Cuba para prestar esclarecimentos. Formada em Cinema, Wendy já posou nua para fotos mais de uma vez – sempre alegando que se despiu pela arte e não pelo dinheiro. Em 2006, recebeu o prêmio Bruguera por seu primeiro romance, Todos se van (escrito a partir dos seus diários). Publicou três livros de poesia: Platea a oscuras (pelo qual ganhou seu primeiro prêmio, da Universidade de Havana), Cabeza rapada e Ropa interior. É colaboradora de diversas publicações, como o jornal espanhol El Mundo e a revista Encuentro. Toda sua obra, apesar de publicada em oito países, permanece inédita em Cuba.


William Boyd
Multifacetado, William Boyd (1952, Acra, Gana) já foi crítico de televisão, professor de literatura inglesa na Universidade de Oxford e escreveu diversos roteiros de cinema, entre eles o do filme A trincheira, de 1999, do qual também foi diretor. Foram seus livros, entretanto, que lhe renderam reconhecimento. Seu primeiro romance, A good man in Africa (1981), lhe garantiu dois prêmios, o Whitbread e o Somerset Maugham. Em 1983, Boyd tornou-se membro da Royal Society of Literature. Ao todo, o escritor já publicou dez romances, três coletâneas de contos e uma coletânea de textos de não-ficção. Seu mais recente romance, Ordinary thunderstorms, publicado no final de 2009, narra a experiência de um jovem que, sem explicação, perde tudo o que outrora definia sua identidade.


William Kennedy
Jogadores, políticos, gângsteres e jornalistas, quase todos de origem irlandesa, se misturam e às vezes se confundem na obra do escritor William Kennedy (1928, Albany, Estados Unidos). Eles estão em O grande jogo de Billy Phelan, de 1978, relançado no Brasil neste ano. E, de alguma forma, estão em Kennedy, escritor de ascendência irlandesa admirador de jogos que já cobriu os métodos de gângster dos políticos quando trabalhava como jornalista investigativo do jornal de sua cidade natal, Times Union. Autor de mais de dez romances, Kennedy também escreveu peças de teatro, livros infantis e foi roteirista de filmes como Cotton Club (1984), de Francis Ford Coppola. Em 1984, ganhou o prêmio Pulitzer de literatura por Ironweed, que Hector Babenco levou ao cinema. É integrante da American Academy of Arts and Letters. Tem publicado no Brasil os seguintes títulos: O livro de Daniel Quinn, Ossos antigos e O ramalhete em chamas. Ironweed (1983) está no prelo e Velhos esqueletos, uma reedição de Ossos antigos, será lançada na primeira semana de agosto.

Fonte: PublishNews

Flipinha e FlipZona já começam a agitar Paraty

Alunos já estão lendo os livros dos autores; foram confirmados Ziraldo, Roger Mello, Eva Furnari, Luiz Zerbini e outros  

 Desde fevereiro a criançada de Paraty tem lido os livros dos autores que estarão na cidade em agosto para a Flipinha. A ideia é, de acordo com Cristina Maseda, coordenadora geral da programação infantil e juvenil, transformar Paraty em uma cidade de leitores e não apenas na cidade da Flip. É por isso que o trabalho começa cedo... Eles leem, discutem, fazem trabalhos sobre as obras e depois têm a oportunidade de encontrar com os autores, fazer perguntas, ouvir histórias, pedir um autógrafo.
 Na programação deste ano estão 20 escritores e ilustradores entre os quais Ziraldo, Eva Furnari, Roger Mello, Lalau, Laurabeatriz, Gabriella Hetzel e muitos outros. Luis Perequê, músico paratiense, senta à mesa como autor e apresenta seu primeiro livro. Perequê, aliás, fez uma música para a Flipinha e pela primeira vez a festa terá uma trilha sonora.

 A programação para os adolescentes, que pelo segundo ano têm um espaço especial com a FlipZona, também está interessante. Pedro Luis, Luiz Zerbini e Adriana Falcão são alguns dos convidados.

FLIPINHA
Ciranda dos Autores

Quarta-feira, 4/8

9h30 às 10h30
Imagens e palavras
Marcelo Xavier
Michelle Iacocca

13h30 às 14h30
Parlendas, textos e imagem
Sandra Pina
Anielizabeth

15h às 16h
A ecologia na Literatura Infantil e Juvenil
Lalau
Laurabeatriz

Quinta-feira, 5/8

8h30 às 9h30
A literatura infantil e juvenil e a TV
João Alegria
Adriana Falcão

10h às 11h
Navegando pela poesia e desenhos
Gláucia de Souza
Maurício Negro

13h30 às 14h30
A poesia das palavras
Ieda de Oliveira
Stella Maris Rezende

15h30 às 16h30
A multiplicidade dos temas
Edson Gabriel Garcia
Regina Drummond


Sexta-feira, 6/8

9h às 10h
Quando imagem e texto contam a historia
Eva Furnari
Roger Mello

10h30 às 11h30
Algo a mais para os pré adolescentes
Márcia Kupstas
Toni Brandão

Sábado, 7/8

14h30 às 15h30
A delicadeza das palavras
Alina Perlman
Graziella Hetzel

16h30 às 17h30
Roger Mello Entrevista Ziraldo

18h
Mesão dos autores
Alina Perlman
Anielizabeth
Edson Gabriel Garcia
Eva Furnari
Gláucia de Souza
Graziella Hetzel
Ieda Oliveira
Lalau
Laurabeatriz
Luis Perequê
Marcelo Xavier
Marcia Kupstas
Mauricio Negro
Michelle Iacocca
Sandra Pina
Stella Maris Rezende
Regina Drummond
Roger Mello
Toni Brandão
Zé Zuca
Ziraldo

19h
Apresentação musical
Luís Perequê

Domingo, 8/8

14h às 15h30
Letras e sons
Zé Zuca
Luis Perequê


FLIPZONA

Quarta-feira, 4/8

8h30 às 10h
O amor, os jovens e a literatura
Marcia Kupstas
Anna Cláudia Ramos

Quinta-feira, 5/8

8h30 às 10h
A literatura e o cinema
Toni Brandão
Verônica Lessa

18h às 20h
Pedro Luis e as palavras
Pedro Luis
Fernando de Oliveira Souza
Verônica Lessa

Sexta-feira, 6/8

8h30 às 10h
As histórias, a mídia e os jovens
João Alegria
Adriana Falcão
Bia Hetzel

10h30 às 11h30
Alice e o mundo das imagens
Luiz Zerbini
Marcos Maffei
Indalécia

15h30 às 17h
Carbono neutro, literatura e imagens
Lalau
Laurabetriz

18h às 20h
O processo criativo no graphic novel Homem Gravidade Zero
Leo Slezynger
Filippo Croso
Kriss Zullo
Pedro Correa do Lago

Sábado, 7/8

17h às 18h
Filhas de peixe, peixinho são...
Tamara, Laura e Marina Klink contam suas viagens pelo mundo


Fonte: PublishNews

Atlas Shrugged: Adaptação de clássico de Ayn Rand ao cinema vai sair à força

Dono dos direitos cansou de esperar e financia produção mesmo sem estrelas no elenco

Capa Original do livro

 Há anos Hollywood tenta tirar do papel Atlas Shrugged (Atlas resignado), filme baseado no romance homônimo da escritora e filósofa russa Ayn Rand (1905-1982), publicado em 1957 e que no Brasil ganhou o título Quem é John Galt?. Angelina Jolie estava envolvida no projeto com o diretor Vadim Perelman, mas desde 2008 não havia notícias.

 Segundo o Deadline, John Aglialoro, o empresário que há 17 anos pagou US$ 1 milhão pelos direitos do livro, cansou de esperar. Aglialoro avisa que financiará o começo das filmagens, em Los Angeles, no dia 11 de janeiro, mesmo que não tenha estrela nenhuma no elenco. A direção ficará nas mãos do novato Stephen Polk, que dirigiu o filme indie Baggage em 2008.

 A ideia de Aglialoro é dividir o romance de 1.100 páginas em quatro filmes. Quem é John Galt? trata de maneira filosófica de questões cruciais do século 20, como iniciativa individual e intervencionismo estatal. Dagny Taggart, heroína do livro, é uma poderosa executiva de ferrovias que tenta manter seu negócio enquanto o mundo à volta desmorona. John Galt é outro dos empreendedores, que acredita piamente no livre mercado como meio de vida.

 Aglialoro coassina o roteiro com Brian O'Tool. O produtor ainda sonda atrizes conhecidas para viver Dagny - o blog diz que ele conversa com os representantes de Charlize Theron e Maggie Gyllenhaal - mas a pressa para filmar pode forçar mesmo o filme a seguir com uma protagonista de menos expressão. "Todo mundo pergunta como a gente pode filmar sem astros... Nós vamos filmar por que é um bom filme com ótimos personagens. Já estamos em pré-produção há meses", disse Polk.

 Vamos ver se os envolvidos honram as ideias de Ayn Rand e abraçam o risco da iniciativa individual. Para saber mais sobre o livro acesse aqui ou aqui (em inglês) ou sobre a escritora russa clique aqui (em português).

quarta-feira, maio 26, 2010

Meu amor secreto

Calma, é apenas um texto que escrevi, que a minha Professora (Cláudia) do cursinho me pediu, com as seguintes caracteristicas:

Romantismo mas com Irônia
E utilizando o "Por que" e o "Por quê"

Obs.: Eu tive como base a música do "Ari Toledo - Linda Meu Bem", veja o video no youtube.

Eu escrevi, gostei do que li, e resolvi postar aqui.


Meu amor secreto

Meu amor secreto,
você não sabe mas meu coração está aberto,
porém, tenho medo de assumir esse amor
pois acho que lhe falta algum bom odor
Eu rezo todos os dias
para que você me olhe um dia
mesmo seus olhos sendo muito grandes
mas tu sabes que nem por isso você deixa de ser importante
Eu gosto de ver você sempre sorridente
mesmo que esteja lhe faltando alguns dentes
Por que a vida é assim?
A gente parece morrer antes do fim
Meu amor secreto,
Eu sei que todos saem quando você está por perto,
mas não ligue, não fique assim e confie em mim
você quer saber o por quê?
Porque eu amo você.


Bom, é isso, espero que tenham curtido tanto quanto eu.  =)
Obs.: Amanhã, talvez, eu publicarei aqui um outro texto que estou desenvolvendo esta noite, utilizando mais Figuras de Linguagens do que este acima, vou entregar pra corrigir amanhã, posto aqui o resultado. ^^

terça-feira, maio 25, 2010

Lost Acabou!

Enfim, depois de seis anos a série acaba... fiquei chocado, não tenho palavras para descrever o que sinto, porém, vendo o que outras pessoas sentiram e se manifestando pela internet, acabei por esbarrar nesse video abaixo, que faço minha as palavras do rapaz que está no video, vejam:



Não pensei que iria editar este post, porém, o mesmo rapaz do primeiro vídeo, faz um segundo, dessa vez, sem lágrimas e sim mais racional, vejam:


Para quem tiver intersse em saber mais sobre o trabalho desse rapaz, clique aqui..

Sem comentários... mas e ai? O Que acharama do final de LOST?

The Switch: Prelúdio de Jackie Brown está sendo adaptado

Romance de Elmore Leonard apresenta os personagens Louis e Ordell



 Jackie Brown, filme que Quentin Tarantino dirigiu em 1997, foi inspirado no romance Ponche de Rum, de Elmore Leonard. O escritor, porém, havia criado dois dos personagens do livro, Louis e Ordell, 14 anos antes, em The Switch.


 Agora, os criminosos vividos por Robert De Niro e Samuel L. Jackson no filme de Tarantino devem voltar ao cinema. O roteirista Daniel Schechter e o produtor Michael Siegel, que já adaptou Elmore Leonard antes em O Nome do Jogo, estão trabalhando na adaptação de The Switch.

 O filme busca atualmente um diretor e dois atores para as versões jovens de Louis e Ordell. A ideia é começar a filmar no meio do ano que vem.



 Na trama, Ordell Robbie e Louis Gara se conhecem na prisão. Nas ruas, juntam-se para um plano ambicioso: sequestrar a esposa de um milionário de Detroit. O que eles não esperavam é que o sujeito não tivesse qualquer intenção de pagar resgate pela mulher, que ele não quer de volta...

Quentin Tarantino, que cita The Switch como uma das maiores influências de sua carreira (ele foi pego roubando um exemplar aos 14 anos de idade de um mercadinho), não está envolvido.
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