terça-feira, dezembro 29, 2009

Natal Macabro

Em frente a uma casa, uma mulher de cabelos longos e negros, pele branca como a neve, olhos pretos, profundos e reveladores, sobrancelha fina e lábios delicados, parece que veio diretamente do inferno, literalmente o diabo de saia, a tentação em pessoa, ela vestia um longo vestido azul escuro, bem decotado e aberto nas costas, estava olhando a decoração do lado de fora da casa. Uma casa simples, de dois andares, com um papai noel de tamanho real pendendo de uma das janelas, como se estivesse tentando entrar na casa, em volta das portas, janelas e na beira do telhado os pisca-piscas tomavam conta do ambiente, de frente para a casa tinha um falso pinheiro, coberto com pequenas lâmpadas e bolas decorativas coloridas e um leve toque de raspas de isopor em uma falsa tentativa de imitar a neve cobrindo o tal pinheiro. Do outro lado havia um boneco de neve inflável e próximo a ele, mas fora de alcance, um cachorro preso comia sua comida na casinha dele que ficava olhando de soslaio e rangendo os dentes para a dona que entrava na casa, que retribuia com um sorriso carinhoso.
A Noite já tinha caído, fogos de artificios eram ouvidos ao longe, pessoas felizes em todo o mundo brindavam a data, sempre transmitindo paz aos seus próximos, as pessoas trocavam presentes e davam votos de felicidades aos seus entes queridos e amigos. A mulher que agora organizava a zona que tinha ficado em sua cozinha, estava contagiada com o espirito de natal. Um homem de pele morena escura, cabelos raspados e vestido com uma roupa esporte abraça a mulher por trás e sussura algo em seu ouvido.

- Vamos deitar querida, e vamos comemorar á moda. - abrindo um sorriso malicioso só de imaginar a comemoração.
- Claro, eu adoraria, vamos sim! Só deixa eu terminar de organizar isso aqui e botar as crianças na cama, aí eu serei todinha sua - retribuindo o sorriso.
- Não demore, estarei lhe esperando pelado embaixo das cobertas. - dando nela um longo beijo.

Depois do trabalho árduo de uma boa dona de casa que trabalha fora e tem os deveres do lar, ela coloca as crianças na cama e se despede dando um beijo na testa em cada um de seus filhos, um casal de gêmeos de aproximadamente 6 anos.

- Boa noite meus anjos! Mamãe ama vocês! nunca se esqueçam disso.
- Boa noite mamãe! - ambos disseram juntos.

Depois de algumas horas de prazer e luxuria com seu marido, a mulher está dormindo na beirada da cama, coberta apenas com um lençol que dava mais beleza as suas formas. Ao lado de fora, apesar da época, o silêncio era amedrontador, o vento corria levemente numa noite fresca e fazia com que a cortina do quarto da tal mulher balançasse em resposta ao toque suave do ar, e então a mulher abre os olhos e levanta da cama num salto.
De pé, nua, com seu longo cabelo caindo pelas costas e chegando na cintura e com duas partes dos cabelos cobrindo parte dos seios, ela vira e observa seu marido dormindo tranquilamente, depois de alguns instantes ela dá a volta na cama e se aproxima do seu adorável e amado marido e pega o travesseiro e coloca na cabeça dele impedindo que o coitado respire, ele acorda e mexe seus braços em vão, fazendo força para se livrar da pessoa que o sufocava, sem saber que essa pessoa era sua própria mulher.
Depois de que o marido para de se debater, e o corpo fica inerte na cama, ela se levanta, olha um instante para a janela, e segue em direção a porta, para sair do quarto. A escuridão dominava o corredor, ela ia caminhando confiante como se já soubesse para onde ia, ela parou em frente a uma porta do correrdor e iria tocar a maçaneta para abrir a porta mas algo a impediu no meio do caminho, um barulho, alguém apertando a descarga do vaso sanitário, ela apenas vira a cabeça um pouco e percebe uma brecha de luz saindo por debaixo de uma porta, ela segue até lá e abre a porta, sua filha estava lavando as mãos, a criança a olhou e sorriu, a mulher pegou a menina pelos cabelos com força e arrastou para o vaso sanitário e mergulhou a cabeça de sua filha lá dentro. Ela se debatia debilmente, a água agitada espirrava ora no chão ora na mulher.
Quando a criança desistiu de lutar e cedeu seu lugar a morte, a mulher, mãe da menina, ainda a segurava pelos cabelos se certificando de que o trabalho estava feito, por fim, apertou a descarga e se levantou, quando se virou para sair, o seu outro filho, o menino, a olhava de olhos arregalados e saiu correndo, a mulher seguiu atras dele.
Desesperado, o menino gritava e tentava sair do andar de cima da casa e ir para a rua para pedir ajuda e por isso ao invés de seguir para seu quarto e trancar a porta, ele seguiu para a escada quando uma mão o empurra e ele desce a escada rolando, durante a descida são ouvidos vários estalidos, quando chegou ao chão o corpo ficou imóvel, a mulher desceu lentamente as escadas, se aproximou do garoto e checou os pulsos do garoto, não encontrou nenhum sinal de vida nele.
Subindo as escadas, ela para pois um outro barulho é ouvido escada abaixo, ela desce de mansinho, para no hall de entrada tentando ouvir mais barulhos para segui-los e saber de onde estavam vindo. Ela escuta mais um barulho e segue para a sala, para passar ela pisa no filho caído no chão. A Sala estava escura, apenas uma pequena árvore de natal com seus pisca-piscas mal iluminava o ambiente, então, ela acende a luz.
Com um barque surdo, alguém que tentava entrar pela janela, cai no chão do lado de dentro da casa. Era um homem baixo, gordo, pele branca e com barba da mesma cor, vestido de vermelho com detalhes em branco, usando uma toca das mesmas tonalidades e segurava um grande saco vermelho cheio de coisas, assustado, rapidamente o senhor se levanta.

- Ho! Ho! Ho! - dando um risinho sem graça - Que susto filha, ainda bem que é você! Que tal?! Como estou? Deixa eu por os presentes das crianças aqui...

Ele se abaixa, abre o saco e coloca os pacotes de presentes em volta da árvore sem esperar alguma resposta de sua filha. A mulher o olha sem expressão no rosto, e o fita por uns instantes até que decide ir na direção dele.
Ela tira sutilmente da árvore de natal algumas bolas decorativas e olha para elas fixamente, que emitia seu reflexo de volta.

- Você poderia tirar umas fotos, - falando sem olhar para ela - para as crianças achar que o papai noel passou por aqui de verdade, não acha? - como não tem resposta, ele procura a filha com o olhar.

Ele a olha e se levanta devagar. Ela levanta a mão como se fosse lançar uma das bolas natalinas.

- Filha, o que você vai...

Um barulho de vidro se espatifando contra algo é ouvido, um barulho atras do outro. A mulher estava lançando as bolas decorativas de vidro em seu pai, na cabeça dele. Um cachorro começa a latir ao fundo. O velho imitando papai noel cai no chão um pouco aturdido e resmungando alguma coisa. Ela se aproxima da árvore de natal e arranca alguns anjinhos e a estrela que fica na ponta da árvore.
Sem pressa, ela enfia um anjinho de cada vez na boca dele, que sem força, é obrigado a engolir cada um, por último, ela pega a estrela, que era um pouco maior que os anjinhos, e enfia também na boca dele, com muita vontade, uma lágrima escorre dos olhos do senhor, o nariz sangra e a garganta rasga, depois de tanto gemido de dor, veio o silêncio, que logo em seguida é interrompido pelos latidos do cachorro ao lado de fora da casa.
Decidida, ela levanta-se e segue em direção a cozinha deixando para trás o corpo do seu pai ali mesmo. A Cozinha é clara, eletrodomésticos de última geração. A Porta da geladeira além de vários imãs tinham diversos recadinhos de familia, o balcão do armario era de mármore, poucas coisas haviam em cima dele. A Mulher abre a primeira gaveta do balcão, e tira de dentro uma faca de cortar peixe de cabo branco, ela passa a lâmina entre os dedos abrindo um superficial e simples corte neles, ela coloca os dedos na boca, um por um, e chupa o pouco sangue que saiu dali.
Seguindo em direção a porta de saída carregando a faca, ela vai para o quintal da frente, o cachorro encara a mulher nua e rosna, ela deu um primeiro passo na direção dele que começa a latir raivosamente e forçando-se na direção dela, tentando arrebentar a corrente.
Com um só golpe, firme, forte e fatal, a mulher nua degola o cachorro que solta um grunhido de dor e cai no chão que se afoga no próprio sangue e cala-se para sempre, e a mulher observa a cena deixando a faca cair no chão.
Um leve sopro do vento deixa os cabelos da mulher esvoaçando, ela olha na direção do vento e vê o boneco de neve inflável olhando fixamente para ela, a mulher se aproxima dele, derruba-o no chão com um só golpe, que cai com o rosto virado para cima, ela o observa atentamente, se abaixa e passa a mão no boneco sentindo sua consistência, o boneco estava cheio com gás hélio, subindo a mão para o rosto do boneco e tateando ele, ela se levanta e se senta no rosto dele, deixando o nariz do boneco penetrar-lhe no seu íntimo, começou com movimentos lentos de cima para baixo até aumentar a velocidade, gostando do que ta fazendo ela solta gemidos prazerosos, suas mãos ficam no corpo no boneco e ela estava fazendo movimentos frenéticos, duas coisas acontece ao mesmo tempo, ela tem um orgasmo com o boneco de neve inflável no meio da rua e numa noite de natal e a outra é que a força liberada por ela foi tanta que ela acabou furando o boneco com as unhas, assim, terminando a brincadeira.
A Noite fria, céu sem estrelas cobertos por nuvens escuras que começa a derramar uma fina chuva sobre a cidade, lavando o corpo da mulher e lhe tirando as manchas de sangue, suor e terra. Ela entra na sua casa, sobe as escadas lentamente, deixando portas e janelas do jeito em que se encontravam, abertas. Passando pelos corpos sem se importar em olha-los, mas sempre, pisando em quem estivesse em seu caminho. Seguiu em direção ao seu quarto, deita em sua cama macia e volta a dormir como se nada tivesse acontecido, depois de segundos deitada em silêncio, ela começa a resmungar.

- Feliz Natal meus amores, amo todos vocês! - dormindo, sorri.

FIM.

segunda-feira, outubro 19, 2009

Festa do Pijama

Todos os humanos tem medo de alguma coisa, todos, sem exceção, alguns medos podem ser insignificantes para algumas pessoas mas que para certas pessoas podem parecer o fim do mundo, literalmente, o encontro com o diabo, onde sua coragem já foi testada e perdeu dezenas de vezes, o medo, nada mais é que, uma forte emoção onde algo nos supera, onde algo é indescritivelmente muito mais forte e maior do que nós em tudo, algo que nos impressiona e nos deixa sem chão, isso, é o medo.

Nas crianças, esse medo pode se tornar pânico, a maioria delas não tem medo algum do Bicho Papão, porém, há aquelas que morrem de medo só de ouvirem essas palavras, e tem outros que se borram todinho quando acontece alguma coisa parecida.

Davi, é uma criança calma e muito dependente dos seus pais, mimado até demais, com seus 6 anos de idade ele tinha muitos amigos da escola, certa noite, ele deu uma “festa do pijama” e convidou diversos amiguinhos para sua festa, o problema é que justo essa noite, era uma sexta-feira 13, ele não sabia ao certo o que isso significava até por que nessa idade, poucas (ou quase nenhuma) criança sabe realmente o significado desta data.

Depois da chegada dos convidados, todos de pijamas, o céu desabou lá fora, choveu como nunca havia chovido antes, como a chuva estava forte, a TV a Cabo estava com problema na recepção do sinal assim como a internet e o telefone residencial e diversas operadores de celulares enfrentavam dificuldades, o que dificultava para as crianças que iriam assistir desenhos a noite inteira até pegarem no sono.

Então, como era relativamente cedo, Davi, entrou no quarto de seus pais e pegou um DVD escondido e colocou para ele e as outras crianças assistirem, só que mal sabiam elas que o filme era de terror, quando perceberam, algumas crianças protestaram pedindo para retirar o filme enquanto as outras, a maioria, pediram pra deixar rolar.

Em certa parte do filme, as pessoas se encontravam na mesma situação que as crianças, em casa, ilhados, devido a tempestade, e estavam sem TV, celular e internet, a diferença é que os atores do filme estavam se preparando para dormir quando o telefone no filme começou a tocar, e as crianças deram saltinhos assustadas, e de repente o telefone na casa do Davi tocou em alto e bom som ecoando pela casa inteira deixando as crianças histéricas, no filme e na casa de Davi, o telefone, depois de atendido ficava mudo, deixando a noite mais sinistra ainda.

O Filme estava pausado, uma das crianças quebrou o silêncio que dominava o ambiente.

  • Davi, cadê sua mãe?! - morrendo de medo, mas disfarçando a voz.

  • Não sei, eu vou lá em cima dar uma olhada no quarto dela, alguém que ir comigo? - olhando ao redor tentando encontrar apoio.

  • Por que você não vai sozinho, está com medo? - disse um menino com pijama branco de bolinhas pretas.

  • Vocês que sabem... mas tomem cuidado com o bicho papão. - subindo as escadas decidido.

  • Espere aí, que bicho papão? - perguntou um outro menino que usava óculos.

  • Vocês não sabem?

Todos fizeram sinal de negativo com a cabeça, mas ainda esperando uma resposta.

  • Diz a lenda que um bicho papão saí em noite chuvosa pra caçar criancinhas pra comer... mas é só uma lenda. - voltando sua atenção para a escada.

  • Mas como ele é? - perguntou uma menina loira usando um pijama cor-de-rosa

  • Ah, varia muito... uns dizem que ele é alto, dentes afiados e cabeludos e um pouco corcunda, mas outros dizem que ele tem três olhos, e com o olho a mais ele enxerga o medo das crianças indefesas de longe, e quando ele vai entrar em alguma casa, ele dá uma arranhada na porta.

As crianças pareciam apavoradas ainda mais quando o Davi terminou de falar, pois em seguida eles ouviram um barulho estranho de alguém arranhando alguma coisa em algum canto da casa, assim que ouviram, todos, deram gritinhos abafados.

  • Vocês ouviram isso? - perguntou o mais medroso de todos, o menino que usa um óculos.

  • Não foi nada, deve ter sido um gato, ou mesmo um rato fugindo da tempestade. - Tranquilizou Davi.

  • Tem ratos aqui? Que nojo! - disse a loira de cor-de-rosa.

  • Bom, eu vou lá em cima, alguém quer vir ou não?

Todos se colocaram prontamente ao lado de Davi, e juntos, subiram a escada devagar como se estivessem com medo de fazer algum barulho e não queriam chamar atenção, a casa foi iluminada e um barulho ensurdecedor veio em seguida, um trovão, acabando ainda com a energia que restava, e deixou tudo escuro, eles ouviram um grito, de uma mulher.

  • O que foi isso? É sua mãe? Será que ela foi atacada por um bicho papão? - deduziu uma das crianças.

  • Eu to com medo. - disse a loura de cor-de-rosa.

  • Calma gente, não é nada demais. - retrucou Davi. - Vamos continuar a subir e vocês vão ver.

  • Mas e o... - o de óculos iria falar, mas foi impedido pelo menino de pijama branco com bolinhas pretas.

  • Fique quieto e vamos em frente seu medroso

  • Vocês ficam nesse lenga lenga... - abrindo espaço entre os meninos, uma menina morena tomou a frente de todos. - ...eu espero por vocês lá em cima.

Davi logo seguiu atrás dela, e os outros sem ter uma opção ou por não saber o que fazer, seguiram atrás dos dois, conforme subiam os degraus a tensão aumentava cada vez mais, a casa estava ainda mergulhada no breu, o vento sibilando do lado de fora, a escada rangendo e o som ao longe de algo batendo contra alguma coisa, tudo isso deixava as garotas e os garotos apreensivos e com muita expectativa.

  • Falta muito? - perguntando a loira de cor-de-rosa.

  • Não, o quarto da minha mãe é no fim do corredor. - respondeu Davi sem paciência.

Assim continuaram a percorrer o enorme corredor, devagar, apesar de escuro, eles, ou apenas alguns deles pois os outros estavam preocupado demais com o que poderia acontecer a seguir para perceber que o corredor era todo coberto por um carpete, mais um deles percebeu algo a mais e disse:

  • É impressão minha ou o carpete está molhado? - sussurrou o menino de pijama branco e bolinhas pretas.

Todos pararam imediatamente para olhar e tentar entender o por quê disso, mas não puderam encontrar uma razão lógica para tal e continuaram a seguir em frente, agora, estavam próximos o quarto da mãe e finalmente iriam saber o que tinha acontecido, com sorte, nada demais e estariam bem e a salvo com ela de todo e qualquer intruso.

Enfim, chegaram a porta do quarto da Mãe do Davi, ele, colocou a mão na maçaneta e girou, a porta se abriu e o quarto se apesentou imerso na escuridão, nenhum som veio de lá de dentro, eles adentraram o recinto receosos, se encostaram na parede enquanto o Davi fechava a porta sem fazer um ruído.

  • E agora, o que faremos? - se sentindo sem saída, o de óculos questionou.

  • Fica quieto seu medrosos. - rebateu o menino de pijama branco com bolinhas pretas.

Davi se virou e rodeou o quarto em busca de alguma coisa, mexeu no interruptor para ver se a luz tinha voltado e nada aconteceu.

  • O que é aquilo? - perguntou a loira de cor-de-rosa aos prantos.

Todos olharam na direção em que ela apontava, era um sombra de alguma coisa se mexendo, houve um reboliço entre eles, pois não sabiam do que se tratava aquilo.

  • Calma gente... - andando até aquilo, e desmitificando o que parecia ser um monstro. - ...isso é apenas a sombra de um casaco... deste aqui. - apontando.

Ouviu-se um suspiro de alivio por parte dos meninos, e o Davi, volta para o lugar onde estão seus amigos.

  • Davi... se aquilo ali é um casaco, o que é aquilo que está atrás da cortina? - perguntou o menino de óculos, falando sobre um par de sapatos embaixo da cortina que fazia um leve e gracioso movimento.

  • Deve ser o vento que está dando este efeito... não seja bobo.

Novamente, o silêncio se instaurou entre a criançada, para quebrar o gelo e reassumir o comando, Davi disse:

  • Vamos esperar na cama, venham...

Não foi preciso dizer mais nada, todos se enfiaram embaixo do lençol.

  • Sua mãe sumiu!

  • Não sumiu não, ela deve estar aí pela casa...

Passos surdo são ouvidos que pareciam estar se aproximando cada vez mais do quarto onde eles estavam.

  • Quem será dessa vez? - perguntou curioso o menino de pijama de bolinhas pretas.

Quando todos estavam apreensivos sobre quem seria que estava se aproximando do quarto, uma outra pessoa surge de um canto do quarto, todas as crianças gritam apavoradas, com a visão daquele ser cabeçudo de corpo fino e com garras afiadas, tudo isso deduzido no escuro, quando a porta do quarto se abriu as crianças gritaram mais ainda, com uma outra visão, de um assassino encapuzado que parecia que iria ataca-los a qualquer momento, aos gritos e choradeira da criançada, a luz voltou e um dos seres diz:

  • O que aconteceu crianças? - o ser cabeçudo, na verdade era uma mulher, a mãe do Davi, que estava com a toalha na cabeça e uma outra enrolada no corpo, o que deixava seu corpo fino.

  • Isso, por que essa gritaria toda? - perguntou um homem tirando o capuz da cabeça.

  • Papai, papai! - Davi correu até ele e lhe deu um abraço apertado.

A criançada explicou em detalhes o ocorrido, talvez dando uma exagerada aqui e ali para os pais do Davi, que riram muito do que aconteceu, fizeram pipoca e terminaram a noite assistindo um desenho na televisão, e na hora de dormir, foram colocados colchões no quarto dos pais do Davi, para que nenhuma das crianças sentisse medo durante a noite, e assim, terminou mais uma noite da festa do pijama de Davi.

segunda-feira, junho 08, 2009

Sem Título

*Quando a esperança é insuficiente
*Quando o amor não é o bastante
*Quando deixa de existir a confiança
*Quando o medo toma conta
*Quando o respeito dá lugar ao desrespeito
*Quando não mais me deito
*Quando falta convicção
*Quando o não deixa de ser uma opção
*Quando todos te julgam, mas ninguém lhe entende
*Quando surge a loucura demente
*Quando as lágrimas descem como um rio
*Quando só nos resta o frio
*Quando dois é apenas um
*Quando o coração não faz mais "tum-tum"
*Quando não se tem mais um compromisso
*Quando resolvemos tomar um chá de sumiço
*Quando o trabalho e o esforço desaparece
*Quando nossa alma enlouquece
*Quando deixamos de viver
*Quando só nos falta morrer
*Quando nada mais vale a pena...

Eis que surge a solidão plena, o vazio e o seu lado sombrio, o desejo de se estar junto quando na verdade estamos só, um grande buraco na nossa vida é aberto que nos deixa sem teto, lágrimas são constantes e o sorriso não é mais radiante, falta animo até para mudar de canal da televisão, não esperamos mais nada... nem da solidão até que morre o coração, a angustia é forte, o desejo é fraco, queremos pular, não de alegria, mais pular do alto de um prédio, depressão? nops, é insatisfação de quando esperávamos tudo e de todos e não recebemos nada, nem de ninguém, completamente sozinhos, abandonados por aquele que não-o-nomei-o-mais que nunca existiu... pra nós também o que já foi extinta antes mesmo de nascermos é a sorte, talvez só em roleta russa.. aí... ganharemos a morte, momentos em que faltava tudo, mas não importava pois tinha o necessário pra continuar, e quando o necessário deixou de existir a vida passou a ser vivida por obrigação, sem animação, com muita dor... sem amor, mas ainda estamos aqui, por que? O Medo tomou conta, medos aqueles que não tinhamos, aqueles que não existiam, e junto com ele, a vergonha, os dois juntos é uma coisa fatal, acaba com a auto estima de qualquer um, é aí que percebemos ser um rélis mortal, tentamos em frente seguir, mas tem algo que não nos deixa prosseguir, não sei ao certo o que, mas nossas vidas não são mais as mesmas, nunca foram, mas só agora... que demos conta.


Texto criado por mim mesmo
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