Livro: O CENTÉSIMO EM ROMA
Autor: Max Mallmann
ISBN: 9788532525079
Páginas: 424
Capa: Christiano Menezes (estúdio Retina78)
Formato: 16x23
Preço: R$ 49,00
Sinopse do Livro:
"Ao iniciarmos a leitura de O centésimo em Roma , quinto livro de Max Mallmann, somos transportados para a Roma Antiga, entre os anos 68 e 70 d.C. Recuamos dois milênios no tempo. Nessa viagem ao passado, acompanhamos as atrocidades de imperadores despóticos, convivemos com a ambição e os vícios da aristocracia romana e seguimos os legionários em suas caçadas aos cristãos. Tudo isso no cenário de uma cidade barulhenta, em cujas ruelas estreitas se cruzam pregoeiros, cambistas, mendigos, adivinhos, dentre outros indivíduos de diferentes raças e culturas, vindos de diversos pontos do vasto Império. No bairro pobre, onde mora o protagonista do romance, frequentamos tabernas, tomamos contato com a gente simples que, entregue a si mesma, luta para sobreviver, sem qualquer possibilidade de interferir nos rumos tomados por aquela república sui generis. Gente que, aglomerada nas praças, assiste a cenas violentas decorrentes de insanas disputas pelo poder como se estivesse nos espetáculos circenses, torcendo por uns ou por outros, fazendo apostas para auferir algum lucro. Curiosamente, quanto mais nos enredamos na política e nos costumes desse tempo tão afastado do nosso, mais somos assaltados pela incômoda impressão de que a distância entre aquela realidade e a que vivemos não é tão grande como tínhamos imaginado.
O centésimo em Roma é um romance histórico que, retomando o subgênero nascido no século XIX, afasta-se daquele modelo. O chamado romance histórico clássico, cujo paradigma é a obra de Walter Scott, surgiu num contexto de profunda crença na possibilidade de figuração realista do passado como passo decisivo para a compreensão e resolução dos conflitos do presente. O romance de Mallmann, ao contrário, é fruto de uma época que olha o passado com a descrença dos tempos atuais, sendo que a própria objetividade do discurso histórico é posta sob suspeita. No lugar da visão evolutiva da História, o autor, num diapasão irônico, aponta para uma temporalidade cíclica, para a eterna repetição dos mesmos erros: não é por acaso que o título, a epígrafe e o último parágrafo do livro são retirados da obra de Machado de Assis. Por esse viés, o romance filia-se também à vertente narrativa inaugurada por Umberto Eco, que, inspirado em Jorge Luis Borges, mesclou o tema histórico e o policial, renovando o subgênero com a publicação de O nome da Rosa, em 1980.
O personagem principal de O centésimo em Roma não é, então, um grande herói nobre, idealista, que pretende mudar o mundo. Dolens -aquele que sofre, como indica seu nome - é um homem comum, plebeu, lutando para subir na vida, de preferência sem abrir mão de alguns bons sentimentos, numa sociedade em que todo valor é traduzido em moedas. Figura forte, bem construída pelo autor, Dolens tem tudo para conquistar o público contemporâneo.
Resultado de uma ampla pesquisa em textos de historiadores antigos e modernos, o romance dialoga, através de citações, diretas ou não, com essas obras e com a literatura de diferentes períodos, sem perder o tom coloquial e o bom humor. Consegue, assim, prender a atenção do leitor até a última página."
Por Vera Lúcia Follain de Figueiredo,
Doutora em Letras e professora da PUC-RJ.
Orelha do Livro:
O centurião Publius Desiderius Dolens, depois de anos combatendo bárbaros na Germânia, está de volta às apinhadas vielas de Roma. Estamos em 68 d.C. As legiões romanas dominam o mundo. Nero, o imperador insano, comanda as legiões — ou, pelo menos, imagina comandar.
Conhecido em toda parte como o Carniceiro de Bonna, o ambicioso centurião Dolens deseja bem mais que ser um plebeu temido e admirado por sua capacidade de matar. Quer ingressar na ordem dos cavaleiros, posição de prestígio no Império Romano e passaporte para o mundo dos nobres. Como não dispõe da fortuna necessária para se tornar cavaleiro — duzentos e cinquenta mil sestércios, não incluídos aí os subornos de praxe —, ele precisa contar com algumas articulações políticas, as quais, para seu desgosto, são rapidamente desfeitas quando seu benfeitor cai em desgraça.
Frustrado, resta-lhe o cargo de chefe da guarda dos urbanicianos, a ralé da polícia local. O prêmio de consolação faz com que Dolens continue tão plebeu quanto antes, e agora suas tarefas são controlar arruaceiros, escoltar figurões a prostíbulos e investigar a morte de um senador da República. Ao que tudo indica, o nobre senador foi assassinado por integrantes da misteriosa seita dos cristãos, fanáticos que cultuam um judeu crucificado.
Metido numa investigação claudicante e obcecado por ascender socialmente, Dolens — dono de uma ética própria e de um coração mais melancólico do que raivoso — é o irresistível anti-herói criado pelo escritor Max Mallmann para dar vida à época em que homens poderosos, na disputa pelo trono de Nero, travaram uma guerra que levou Roma, e com ela toda a civilização ocidental, à beira da destruição.
O centésimo em Roma é um bem-humorado romance histórico, escrito com base em sólida e apaixonada pesquisa. Roma, palco de disputas políticas e conspirações, ressurge com irônica vivacidade: “colossal e patética em seus monumentos de mármore pintados em cores grotescas, é um estridente turbilhão de pregoeiros, cambistas, mendigos, vendedores, taberneiros, adivinhos, advogados e mestres-escolas. Nenhuma pedra da Cidade conheceu jamais um instante de silêncio.”
Book Trailer:
Sobre o Lançamento:
No Rio de Janeiro, será na quinta-feira, dia 15 de abril, na Livraria da Travessa de Ipanema (Rua Visconde de Pirajá, 572), a partir das 19:30.
Em Porto Alegre, será no dia 6 de maio, também uma quinta-feira, no mesmo horário, na Livraria Cultura (Bourbon Shopping Country - Avenida Túlio de Rose, 80 - lj. 302).
Para São Paulo, ainda não há uma data, mas, assim que tiver, o post será editado.
Observações:
Para mais detalhes sobre a obra, como uma "amostra grátis", guias de viagem e algumas matérias sobre o livro e o autor, você pode acessar o site oficial dele: clique aqui. Para ler a resenha feita pelo Blog FC e Afins, clique aqui.
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